Incentivar o Transporte Ferroviário do Corredor Atlântico no Lanço Ibérico (Aveiro – Viseu – Guarda – Salamanca) e a sua ligação a Madrid, foi o motivo que juntou ontem Viseu, várias entidades portuguesas e espanholas. Todas movidas pelo objetivo expresso de impulsionar um projeto que afirmam ser absolutamente decisivo para os dois países.
A declaração conjunta resultante deste encontro alargado, exorta ambos os governos nacionais a três decisões fundamentais: impulsionar a via de conexão daquele corredor atlântico com a respetiva ligação a Madrid, “por forma a facilitar uma mobilidade eficiente de passageiros e mercadorias por transporte ferroviário entre Espanha e Portugal; garantir a implementação de comboios de alta velocidade nesta conexão ferroviária que permita o desenvolvimento económico regional e gere oportunidades para novas iniciativas empresariais que favoreçam umas perspectivas de futuro renovadas para atrair e fixar população; e, avançar neste projeto decisivo que beneficiará, não apenas as nossas empresas, mas também o desenvolvimento sustentável e a prosperidade dos nossos territórios”, sublinharam.
O Encontro de ontem sucedeu a um primeiro, realizado a 9 de Janeiro, em Salamanca, durante o qual as mesmas entidades portuguesas e espanholas discutiram acaloradamente o mesmo tema.
Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, que participou no “Encontro para o Impulso do Transporte Ferroviário do Corredor Atlântico – tramo Ibérico – Aveiro – Viseu – Salamanca”, admitiu então aos jornalistas que “este é um assunto importante, e sensível, dado o interesse de outras autarquias, ou comunidades do país interessadas nesta passagem ferroviária. Mas demarca uma posição afincada na luta pela garantia do regresso da ligação ferroviária à cidade de Viseu, materializada numa declaração conjunta de incentivo à criação do corredor ferroviário”. O aconteceu esta semana em Viseu.
Ainda na reunião, em Salamanca, foram discutidas as escassas ligações ferroviárias entre Portugal e Espanha, o impacto destas limitações na mobilidade de pessoas e mercadorias, e o obstáculo criado que impede o crescimento económico de ambos os países.
Nesse sentido, foi realçado a importância e preponderância que o corredor ferroviário Aveiro – Viseu – Salamanca pode ter na resolução destas dificuldades, fortalecendo a competitividade das linhas já existentes, otimizando os traçados e eletrificando a rede, melhorando as infraestruturas de circulação, tornando-a fluida e regular entre Portugal e Espanha.
Na reunião de ontem realizada na Quinta da Cruz, para além do presidente da Câmara Municipal de Viseu, participaram no Encontro os presidentes das Câmaras Municipais da Guarda e de Almeida, Sérgio Costa e António Machado e dos Alcaldes de Ciudad Rodrigo e Salamanca, Marcos Iglesias Caridad e Carlos Garcia Carbayo.
Entre outros oradores, a manhã prosseguiu com as intervenções do vice-presidente executivo do Conselho de Administração da AEP, Paulo Vaz; do presidente do Conselho de Administração dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz, Eduardo Feio; do Vogal do Conselho de Administração da APDL SA, Joaquim Gonçalves: do Delegado del Corredor Atlántico y Redes Complementarias, Luis Fuentes Rodríguez; do presidente da Associação Empresarial de Viseu (AIRV), João Cota; e do vice-presidente da CCDRC, Eduardo Anselmo Castro.