Chegou no início de Setembro para assinar um contrato válido até ao final da época. E com a missão de inverter classificação e resultados do Académico de Viseu, uma equipa na altura em maus «lençóis» e, então, sem treinador desde a segunda jornada (Gil Oliveira, que se mantém na estrutura técnica, era o treinador interino). Cumpridas que estão 11 jornadas, os agora comandados de Jorge Costa, passaram do fundo para o meio da tabela. Ocupam a nona posição, com 16 pontos, a 3 do terceiro e a 5 do segundo classificado. Uma posição que começa a criar na região um ambiente de justificado optimismo e de legítimas esperanças numa época em que tudo ainda é possível para os academistas.
Desde que ingressou como treinador do Académico, Jorge Costa, o antigo e emblemático defesa central do F.C. do Porto, está a transfigurar a equipa e, quiçá, a projectá-la para voos ainda mais altos neste campeonato. Dos oito jogos disputados sob o seu comando, a equipa só perdeu no jogo da estreia, frente ao Estrela da Amadora. Depois, foi sempre a somar. Na Taça de Portugal, prova em que ainda se mantém, o Académico de Viseu ganhou ao Fabril do Barreiro e ao Oriental, enquanto na II Liga e à excepção do empate (2-2) frente ao Leixões, averbou os 3 pontos frente ao Mafra, Covilhã, Vilafranquense e B.SAD. Ou seja, a equipa que era a 17ª classificada à chegada do ex-jogador do F.C. do Porto, posiciona-se agora num promissor 9.º lugar.
Porque são os resultados a as subidas na tabela classificativa de qualquer campeonato que galvanizam grupos de trabalho, adeptos e massa associativa, em Viseu «respira-se» já algum optimismo, como muitos a questionarem até onde chegará o Académico no muito que ainda falta disputar até à derradeira jornada. Até porque é na equipa que pontifica André Clovis, o até agora melhor melhor marcador da II Liga com 9 golos. O próximo jogo, sábado, em Oliveira de Azeméis, poderá mesmo reforçar, não só uma regularidade (de vitórias), mas também as expectativas já criadas dentro e fora do Clube.
É caso para dizer que foi um regresso em cheio a Portugal do antigo futebolista internacional português. Aos 50 anos, como treinador, Jorge Costa possui uma grande experiência nestas funções, tendo já orientado o Sporting de Braga, Olhanense, Académica, Cluj (Roménia), AEL Limassol (Chipre), Anorthosis (Chipre), Paços de Ferreira, selecção nacional do Gabão, Arouca, Tours (França), Mumbai City (Índia), Gaz Metan (Roménia), Farense e Sfaxien (Tunísia), onde esteve na última época.