No âmbito do Programa de Apoio à Recuperação das Habitações Permanentes, em resultado do fogo que em 2017 destruiu dezenas de casas, a Câmara Municipal de Tondela e a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C), procederam à entrega de mais sete chaves a outras tantas famílias que ficaram desalojadas.
Contas feitas, das 117 habitações permanentes que as chamas reduziram a escombros, 87 já regressaram à posse dos seus legítimos proprietários. Entre elas três construídas de raiz, depois de ter sido escolhido um local mais seguro para a sua implantação.
Na Adiça, Maria do Céu Bernardo, de 91 anos, não conteve a comoção. “Desde que aconteceu aquela desgraça, quase fiquei sem ouvir. Agora sinto-me bem melhor”, confidenciou no momento em que recebeu as chaves das mãos do presidente do Município, José António Jesus e da presidente da CCDR-C, Ana Abrunhosa.
No caso concreto desta habitação, o autarca de Tondela explicou que, mantendo os dois pisos iniciais, a parte habitável, propriamente dita, ficou no rés-do-chão. Tudo a pensar na idade da proprietária e das dificuldades acrescidas ao nível da mobilidade.
A poucos quilómetros de distância, já em Dardavaz, a entrega da segunda habitação (a uma família de três pessoas) constituiu outro momento de júbilo e emoção. Neste caso, houve necessidade de transferir a construção para um novo local, mais seguro, de modo a prevenir eventuais/futuros acontecimentos nefastos como aconteceu em 2017.
Durante a tarde de ontem, foram entregues as chaves de mais cinco habitaçóes, em outras freguesias do concelho de Tondela. Nota dominante, a qualidade dos trabalhos realizados, de modo a que possa constituir um elemento de conforto para os moradores realojados.
A par da entrega das chaves, foi também apresentado o Movimento Cívico «Lírio Azul» que, através da campanha «Uma casa um Lar», continua a entregar a cada família um saco com roupa de cama.