Luís de Carvalho dá à estampa 8 anos de história do Hospital de Viseu

Novembro 12, 2019 | Sociedade

Correia de Campos, que prefaciou a apresentou a obra, fala com conhecimento de causa, e não tem dúvidas: “Este livro («História do Hospital de Viseu 1988-1996») interessa, não apenas aos nele nomeados e honrados, mas também aos atuais e futuros dirigentes de hospitais”.  E o ex-ministro da Saúde e actual presidente do Conselho Económico e Social, vai mais longe: “(…) alguns dos casos nele relatados poderiam enfileirar numa publicação de moderna gestão pública”, entenda-se hospitalar.

Editado pela «Edições Esgotadas», o livro agora dado à estampa por  Luís Neves de Carvalho, médico de Saúde Pública e antigo presidente do Conselho de Administração do Hospital de São Teotónio (também pintor nas horas vagas com vários exposições individuais e coletivas), foi apresentado no Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia de Viseu. Revela, segundo o autor, atos e factos de um período (1988-1996) que marcou a transição pacífica do velho para o novo Hospital. “Neste período, foi possível programar, dimensionar e construir o Novo Hospital, criando condições para as suas novas funcionalidades e dotando-o dos recursos suficientes ao seu normal funcionamento”, recorda Luís de Carvalho, para quem este “foi o primeiro Hospital totalmente digitalizado da Europa”.

Tempos que Correia de Campos tem bem presente na memória. “Luís de Carvalho conseguiu o milagre de gastar apenas 48 meses entre a adjudicação e receção da obra, apesar de todo o peso dos procedimentos administrativos e de correções importantes que houve que imprimir para a melhorar. (…) Conseguiu não apenas ter um edifício moderno e exemplar, com casos de excecional atualização tecnológica, mas também entusiasmar as equipas de jovens diretores, chefes de clínica e assistentes para se organizarem no seu novo hospital, elevando-o rapidamente às alturas da melhor qualidade nacional”.

Para o ex-ministro, colega de Luís de Carvalho nos bancos da escola, o livro agora dado à estampa revela “autenticidade em cada episódio e em cada mensagem”.

Na apresentação, testemunhada e vivida por antigos colegas e centenas de amigos de todos os quadrantes político-partidários, Luís de Carvalho assumiu que o livro é “um tributo aos funcionários do Hospital” que com ele trabalharam, e um contributo para a preservação da “memória de um tempo marcado por grandes transformações na política hospitalar, que teve em vista dotar o interior do país com recursos iguais aos do litoral”. Foram “tempos memoráveis”, assegura o autor.

Para Adelino Costa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viseu, e anfitrião da apresentação, era necessário um escritor dos nossos dias para dar a conhecer parte da história do Hospital de Viseu. “E ninguém melhor do que Luís de Carvalho o poderia fazer. Estamos perante uma pesquisa que irá certamente aproveitar às futuras gerações”, concluiu.

Teresa Adão, das «Edições Esgotadas» sublinha que o livro contém “histórias para pessoas e com pessoas. É um «menino» muito rico que temos agora nas nossas mãos”, garantiu.

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