História da Diocese de Viseu premiada pela Academia da História

Dezembro 29, 2016 | Sociedade

O bispo da Diocese de Viseu, D. Ilídio Leandro, anunciou, na habitual reunião de final de ano com a Comunicação Social, que as orientações emanadas do Sínodo Diocesano serão postas em prática ao longo da próxima década. O trabalho, desenvolvido entre 2010 e 2015, pretendeu, segundo o prelado, reflectir sobre toda a vida da Diocese de Viseu na sequência do Concílio Vaticano II e suas repercussões na vida dos paroquianos. Uma das conclusões da obra agora apresentada, com 321 páginas, prevê a elaboração de um plano pastoral em cada ano, já a partir de 2016/2017, este subordinado ao tema “No ano favorável, discípulos responsáveis”.

“O Sínodo trouxe muito a peito a necessidade da formação na comunidade diocesana”, sublinhou D. Ilídio Leandro. A tal ponto assim é, que está já criada e a funcionar no Seminário Maior de Viseu a Escola da Fé. As aulas realizam-se ao sábado e irão prolongar-se durante três anos.

As Constituições Sinodais, como refere D. Ilídio Leandro na apresentação da obra, “promovem e procuram programar caminhos de formação para todos: leigos, religiosos e outros consagrados, diáconos e sacerdotes. Fundamentam-se na radical igualdade de todos os membros do Povo de Deus”.

No mesmo encontro com os jornalistas, o líder da Diocese de Viseu mostrou-se gratificado com o prémio atribuído pela Academia Portuguesa da História à “História da Diocese de Viseu”. A obra, que analisa um percurso de 1500 anos, dividida em três volumes (Medieval, Moderna, Contemporânea) e um total de mil enoiteceras páginas, amplamente ilustradas, foi coordenada por José Pedro Paiva, historiador e investigador e actual director da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

O trabalho procura “uma leitura abrangente da realidade religiosa diocesana, abarcando a sociologia, a antropologia e outras ciências humanas, no que elas contribuem parando entendimento e interpretação da realidade estudada”.

Referindo-se a D. Ilídio Leandro, José Paiva disse que outros farão a história da sua acção na Diocese de Viseu, mas realçou o facto de esta História da Diocese de Viseu se ficar a dever à sua determinação e ampla visão da importância de se conhecer bem o passado para pensar bem o futuro. Não sendo laudatória e muito menos acusatória, a obra foi produzida com critérios científicos rigorosos e os seus autores trabalharam sem constrangimentos e em “absoluta liberdade e independência”, segundo o Professor José Paiva.

 

 

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