Bairro da Cadeia associa regeneração social e cultural à reabilitação física

Junho 20, 2016 | Sociedade

Depois da reabilitação física que beneficiou já oito casas, com a promessa que a intervenção irá chegar a todas as habitações, o Bairro Municipal de Viseu, também conhecido por Bairro da Cadeia, começa a ganhar vida nova, com a instalação de associações culturais e sociais, e com reserva de espaços destinados a artistas nacionais. Fruto dos protocolos de cedência de espaços assinados com a Câmara de Viseu, a Associação «O Bairro», e a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de Viseu, já ali estão a dinamizar actividades culturais e de inclusão social.

Na cerimónia de assinatura dos protocolos durante uma visita que promoveu ao Bairro da Cadeia, o presidente da Câmara Municipal de Viseu anunciou que está já assegurado o financiamento para a reabilitação de todas as habitações que conseguiram escapar ao processo de demolição que havia sido «decretado» pelo anterior executivo. O primeiro passo será a apresentação do projecto preliminar aos moradores e, depois, o lançamento do concurso. As obras deverão arrancar já em 2017.

“Queremos manter a vertente social e reforçar o ambiente único do Bairro, alocando metade das casas à habitação social e destinar as restantes à cultura”, sublinhou Almeida Henriques, para quem o modelo seguido na recuperação das oito habitações ditada pelo 1. Orçamento Participativo de Viseu “vai também ser respeitado, no seu estilo original, nas restantes casas.

Na mesma visita, Almeida Henriques visitou o novo bloco habitacional social construído entre 2012 e 2015, já habitado por 49 pessoas. O edifício de quatro pisos, cujo custo ascendeu a cerca de 800 mil euros, é constituído por 20 fogos (4 T1, 11 T2, 2 T3 e 3 T4), 19 das quais já atribuídos, e uma garagem colectiva. É totalmente acessível a pessoas com mobilidade reduzida e inclui instrumentos de eficiência energética para aquecimento de águas e dos espaços. Foi este também o local escolhido para a intervenção do artista Frederico Draw, no Festival de Art Street de Viseu. A imagem que ficou, retrata a memória do Bairro e dos seus moradores.

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