É prático, ecológico, robusto, seguro, e com uma imagem futurista. E chega a Viseu no início do próximo ano para fazer parte da paisagem viseense. É o «Viriato» – como já foi baptizado -, o primeiro transporte público eléctrico não tripulado no país, e em circulação em apenas algumas cidades europeias. E é também o fim da linha do polémico funicular que, durante 19 anos, ligou a Feira de São Mateus ao centro histórico.
Integrado no sistema de Mobilidade Urbana de Viseu, o «Viriato» foi apresentado em Lisboa como uma solução 100 por cento ecológica, controlado por um computador e completamente autónomo.
Na apresentação oficial do veículo, no Portugal Smart Cities Summit, o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, (na foto), salientou a inovação que esta opção representa: “Viseu será a primeira cidade portuguesa a dispôr de um transporte colectivo de passageiros autónomo. Com o «Viriato», alargaremos a oferta de transportes, diminuimos a pegada ecológica, e reduzimos os custos suportados pelo Município”.
O veículo pioneiro chega pelas mãos da Tula, mais uma empresa tecnológica de Coimbra que se virá instalar em Viseu. Com esta opção, o percurso que agora é feito pelo funicular, passará a fazer-se, em sentido inverso por dois veículos, ambos com capacidade para acolher 24 passageiros.
Desde a Cava de Viriato até ao centro histórico, o «Viriato», circulará a uma velocidade que pode atingir os 40 km/hora, com paragens junto ao Forum no cruzamento com a Rua Serpa Pinto. Com um comprimento de nove metros, o veículo é movido por um motor da Siemens de 60 kw.
Completamente elétricos e, portanto, silenciosos, os dois veículos conseguirão funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana, sem produzir poluição. A solução permitirá ao Município de Viseu uma poupança anual de 80 mil euros face à solução actual, uma vez que o funicular – “um transporte ruidoso e que custa muito ao Município –“ apenas circula durante o dia e com autonomia para apenas 60 quilómetros.
A robustez e imagem futurista do «Viriato» irão fazer parte da paisagem viseense, mas é acima de tudo a sua segurança que marca a diferença. “O facto de não ter condutor não irá interferir na relação com o peão ou com qualquer obstáculo”, garante Almeida Henriques.
Com um sensor na parte frontal do veículo que o faz parar no caso de estar demasiado próximo de um obstáculo, o Viriato, que circulará apenas no actual percurso do funicular, coloca a segurança em primeiro lugar, ao lado da inovação que representa.