Marlene Lopes, presidente da Junta de Freguesia de Germil, em Penalva do Castelo, aproveitou a cerimónia de consignação da nova ligação da Estrada Municipal 329-1 a esta localidade, para recordar que foram várias as décadas de espera para ver resolvido um acesso da máxima relevância para a população. Algo que agora se concretiza através do “espírito de solidariedade” entre as câmaras de Penalva do Castelo e Mangualde, com o patrocínio da CIM Viseu Dão Lafões.
No centro do empreendimento está um troço da EM 329-1 com apenas meio quilómetro de extensão, que por via do estado degradado em que se encontra, tem dificultado o desenvolvimento de uma localidade que tem na produção de Queijo Serra da Estrela, uma das suas principais riquezas. Para a autarca, o lançamento da nova ligação, que envolve um investimento de 350 mil euros, “reforça a coesão territorial (…) e marca o desenvolvimento da freguesia nos próximos 50 anos”.
O troço que serve directamente a localidade de Germil, está implantado em território do concelho de Mangualde. Daí a relevância do papel da CIM Viseu Dão Lafões neste processo, ao assumir-se como entidade dona da obra para viabilizar a sua concretização. Quanto ao financiamento, este será pago em partes iguais pelas câmaras de Penalva do Castelo e Mangualde. A obra foi concessionada à empresa Irmãos Almeida Cabral, esperando-se que fique concluída ainda em 2020.
“Este foi o primeiro contrato interadministrativo celebrado pela CIM Viseu Dão Lafões, presidida na altura por José Morgado, presidente do Município de Vila Nova de Paiva”, recordou Francisco Carvalho, presidente da Câmara de Penalva do Castelo. O autarca enfatizou a importância da nova ligação a Germil, não só pela segurança que vai dar ao acesso, que inclui uma pequena ponte sobre o rio Dão, como pelo facto de estar prevista para esta localidade a criação de uma zona empresarial, “projecto em que todos sairão a ganhar”.
Elísio Oliveira, presidente da Câmara de Mangualde, lamentou que outras entidades públicas não se tenham chegado à frente para financiar uma obra que, sendo pequena, é no entanto da maior relevância para dois concelhos vizinhos, que assumirão os encargos financeiros em partes iguais.
Rogério Abrantes, presidente da CIM Viseu Dão Lafões, não deixou de recordar, que “é a primeira vez que este organismo faz um contrato deste género. Mas que seguram ente não será o último”, garantiu.