Tendo por base o anúncio recente de “investimentos de vulto para as acessibilidades rodoviárias e ferroviárias”, os deputados socialistas de Viseu, querem saber se a autoestrada Viseu – Coimbra está no «pacote» desses investimentos, e se a sua construção constitui, de facto, uma “prioridade” para o Governo, tal como também já fez saber o ministro da Economia e do Emprego.
Em requerimento apresentado na Assembleia da República, Acácio Pinto, José Junqueiro e Elza Pais, pretendem que o governante se pronuncie agora sobre aquela matéria “em concreto”, ou seja, se a autoestrada Viseu-Coimbra, que dará sequência a sul do concelho, às A24 e A25, está “no topo das prioridades” do governo de maioria PSD/CDS, que esperam “esteja já completamente esclarecido quando às virtualidades” desta nova ligação.
Quais os estudos desenvolvidos pelo Governo com o objectivo de concretizar a obra, e qual o cronograma para a sua execução da autoestrada Viseu-Coimbra, são as questões que os parlamentares socialistas pretendem ver esclarecidas pelo ministro da Economia.
Acácio Pinto, José Junqueiro e Elza Pais, sustentam que aquela via “será um dos factores mais relevantes para alavancar um novo ciclo de desenvolvimento do distrito de Viseu e que se constituirá como um elemento central numa estratégia de reforço da coesão territorial de toda a região”. A que acresce o facto, argumentam ainda, de o IP3 ser uma via perigosa, com elevada sinistralidade, e com diversos condicionamentos de tráfego. Ou seja, concluem, “não dá resposta eficaz às necessidades dos fluxos económicos e sociais da região, o que acaba por aumentar os custos de contexto”.
Os signatários do requerimento recordam que foi com base nestes pressupostos que o anterior Governo do PS “iniciou os procedimentos e lançou mesmo concursos – sempre debaixo de grande ruído político da oposição que exigia a sua suspensão – com vista à execução desta ligação”. “Esses concursos tiveram, porém, diversos problemas administrativos, culminando com o seu cancelamento, através da constituição de uma comissão de avaliação independente, exigida pelo PSD e negociada com o governo”.