Primeira ciclovia urbana arranca em Viseu

Janeiro 3, 2016 | Região

Até 2018 deverá estar concluída, em Viseu, a primeira fase, de seis quilómetros, da rede de ciclovias urbanas projectadas pela Câmara Municipal. Composta por pistas partilhadas entre bicicletas e peões, bicicletas e automóveis, e ainda por pistas exclusivas para bicicletas, irá ligar ao centro da cidade equipamentos públicos como as escolas secundárias, Universidade Católica, Instituto Politécnico, Hospital de S. Teotónio, Regimento de Infantaria e a própria ecopista do Dão. O investimento ascende a 350 mil euros.

A implementação da primeira fase da rede de ciclovias – as duas seguintes contemplarão a periferia da cidade e chegarão também a pelo menos seis freguesias do concelho de Viseu -, será o arranque de uma “revolução tranquila na mobilidade da cidade”, que será consumada quando estiverem concluídos os 66 quilómetros de extensão total, num investimento superior a 3,5 milhões de euros. Montante que a Câmara Municipal candidatou aos fundos comunitários do Portugal 2020.

Almeida Henriques, presidente da Autarquia, não tem dúvidas que a primeira fase do projecto, em consulta pública a partir de Janeiro do próximo ano, “será o primeiro salto – diria que é já um salto de tigre -, numa mobilidade mais amiga da qualidade de vida urbana, da economia e do ambiente e que prova que isto não é só apanágio das grandes cidades”.

Para já, avança o autarca, estes primeiros seis quilómetros “serão o vírus positivo para transformar muitos hábitos e percepções. Vão-se alterar hábitos de transporte e de deslocação e o modo como vemos a bicicleta, os peões e os automóveis em Viseu”, conclui o autarca.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu acrescenta que a primeira fase da rede de ciclovias vai obrigar e pequenas alterações de arranjo urbanístico, de perfis das vias, na sinalização vertical e horizontal e no limite de tráfego nas vias partilhadas, enquanto está a ser equacionada também a criação de pontos de aparcamento e de «bike sharing» ao longo de toda a rede.

A construção da rede de ciclovias urbanas no concelho faz parte da estratégia «Mobilidade Urbana de Viseu» (MUV), que contempla ainda as novas redes de transportes públicos e parques de estacionamento, a nova central de transportes, e a chegada dos transportes públicos às freguesias de baixa densidade. O desafio passa pela possibilidade de, dentro de dez anos, cinco a seis por cento da mobilidade urbana poder ser feita através da utilização de um meio de transporte não poluente. “Viseu já é uma cidade que adopta a bicicleta no uso desportivo e turístico. Agora, vamos torná-la como meio de transporte e de mobilidade”, conclui Almeida Henriques.

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