Novo Hospital de Lamego terá medicina interna

Janeiro 14, 2013 | Região

O futuro Hospital de Proximidade de Lamego vai dispor, afinal, de um serviço de medicina interna com 30 camas de internamento para doentes agudos e de uma urgência básica qualificada com o apoio de especialidades médico-cirúrgicas. A garantia foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, na reunião de trabalho que manteve com o Presidente da autarquia, Francisco Lopes, na Administração Regional de Saúde-ARS Norte, tendo o despacho definidor destas novas valências já sido remetido ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A introdução destas melhorias no modelo funcional do novo hospital que servirá a região do Douro Sul vai ao encontro das reivindicações manifestadas durante os últimos anos pelo Presidente da Câmara e pelo executivo camarário, pela Assembleia Municipal, por forças políticas locais, pelos profissionais de saúde e pela população em geral que apontavam a ausência daquelas valências como fragilidades graves do modelo funcional e desconformidade com o programa inicialmente proposto pelo então ministro Correia de Campos, exigindo que o Ministério da Saúde fizesse uma profunda reavaliação deste processo.

A juntar a isto, o secretário de Estado da Saúde assegurou que o novo equipamento erguido junto ao nó de Lamego da A24 vai ser o hospital de referência (preferencial) de cirurgia de ambulatório para toda a área de influência do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e também serão criadas, eventualmente, sete camas reservadas à prestação de cuidados paliativos para doentes graves.

Francisco Lopes considera que a partir de agora “estão reunidas as condições adequadas à abertura do equipamento “tão importante e tão ansiado durante décadas pela população do Douro Sul”, ainda este mês. O autarca acredita que “apesar do reduzido número de camas, terá capacidade para garantir uma resposta suficiente aos doentes agudos”.

Desde a génese deste processo, que o Município de Lamego sempre defendeu que o programa funcional publicado pelo ex-ministro Correia de Campos, que previa uma urgência básica qualificada, isto é, com o apoio de especialidades e unidade de cuidados continuados articulada com hospital de agudos devia ser cumprido e que, ao mostrar-se impossível a compatibilização dos critérios de referenciação da rede nacional de cuidados continuados com as necessidades dos doentes de agudos da região, a única solução seria a criação de um serviço de medicina interna e a transformação destas 30 camas, em camas de internamento para doentes agudos, em contrário do que até agora estava previsto. “É o mínimo que Lamego pode aceitar”, repetiu Francisco Lopes por diversas vezes.

Com um investimento estimado em cerca de 42 milhões de euros, o futuro Hospital de Proximidade de Lamego privilegiará a componente de ambulatório com o objetivo de reduzir o impacto do internamento na vida dos doentes e das suas famílias. Centrará a sua atividade nas seguintes valências: cirurgia de ambulatório, consulta externa, urgência básica qualificada, hospital de dia e visitas domiciliárias.

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