O Centro Hospitalar Tondela-Viseu vai ser reforçado com um total de 56 novos médicos. O processo de recrutamento, que agora irá iniciar-se, permitirá, caso os concursos não fiquem desertos, reforçar um total de 27 especialidades, algumas das quais a funcionar com apenas um a dois clínicos, com todas as consequências que daí decorrem para uma boa prestação de cuidados de saúde, nomeadamente em períodos de férias e em situações de ausência temporária ou definitiva (aposentação) dos profissionais ao serviço.
Anatomia Patológica (1), Anestesiologia (3), Cardiologia (2), Cirurgia Geral (3), Cirurgia Pediátrica (1), Cirurgia Plástica e Reconstrutiva (2), Cirurgia Vascular (1), Dermatovenereologia (2), Gastrenterologia (2), Ginecologia e Obstetricia (3), Hematologia Clínica (2), Imuno Hemoterapia (1), Medicina Física e Reabilitação (1), Medicina Interna (3), Nefrologia (1), Neurocirurgia (3), Neurologia (3), Neurorradiologia (2), Oftalmologia (2), Oncologia Médica (3), Otorrinolaringologia (2), Ortopedia (2), Pediatria (4), Pneumologia (1), Psiquiatria (1), Radiologia (2) e Urologia (3), são as especialidades que verão reforçado o número de médicos.
O despacho do Secretário de Estado da Saúde que autoriza a contratação dos novos médicos, tornado público esta semana pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, não faz qualquer referência ao reforço, anunciado este mês, da valência de infecciologia. A necessidade deste reforço consta do estudo elaborado pela Entidade Reguladora de Saúde (ERS), documento que, segundo o ministro Paulo Macedo, será “um contributo importante a ter em conta” na elaboração da próxima Carta Hospitalar.
Segundo o estudo da ERS, o reforço de profissionais na área da infecciologia, será conseguida a partir de médicos desta especialidade concentrados em elevado número no Centro Hospitalar de Coimbra.
Sem desenvolvimentos continua a criação do Centro Oncológico. Um serviço considerado “determinante e estratégico”, segundo reconheceram alguns médicos abordados pelo VR, para consolidar o Centro Hospitalar. “Para além do reforço das especialidades, a existência de um Centro Oncológico é fundamental para o afirmar como verdadeiro hospital central”, disse um clínico.
A criação do Centro Oncológico foi anunciada em Fevereiro de 2011, dando-se então como certa a abertura de concurso público para a sua construção num edifício contíguo ao Hospital S. Teotónio. A unidade deveria entrar em funcionamento em finais do ano passado, com as valências, entre outras, de oncologia em ambulatório, radioterapia e medicina nuclear. O que até hoje não aconteceu.
No Centro Hospitalar Tondela-Viseu funciona apenas a quimioterapia, com cerca de uma centena de tratamentos/dia. A radioterapia e medicina nuclear continuam a obrigar os doentes a deslocarem-se a Coimbra