Depois de em 2018 terem sido batidos todos os recordes no que diz respeito a transações de imóveis no Centro Histórico de Viseu, o ano de 2019 manteve um “forte investimento nesta área”, tendo sido investidos mais de 10 milhões de euros, valor que supera o de 2018 (cerca de 9 milhões).
De acordo com os dados da Sociedade de Reabilitação Urbana – Viseu Novo, foram aprovadas em reunião de Câmara, durante o ano de 2019, 79 transações de imóveis abrangidos pela Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Viseu, no valor global de cerca de 10 milhões de euros.
“Depois da dinâmica sem precedentes revelada em 2018, o ano de 2019 manteve um elevado grau de investimento, o que revela por um lado a atratividade do nosso Centro Histórico, e por outro a confiança que os investidores depositam na política de regeneração que temos vindo a implementar”, observa o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques.
Através dos dados estatísticos verifica-se que, desde setembro de 2013 – início do primeiro mandato deste Executivo Municipal – até ao final de 2019, foram realizadas 380 transações de imóveis, correspondentes a um valor global de venda de 37,6 milhões de euros, cuja área bruta a reabilitar equivale a 87.256 m2.
Paralelamente, foram atribuídos 153 incentivos financeiros para a reabilitação de alçados, num valor total de comparticipação de 185 mil euros, correspondentes a 32 mil m2 de área de fachada a reabilitar e, ainda, 34 pedidos de comparticipação para a correção acústica, que corresponde a um apoio monetário global de cerca de 38 mil euros.
O volume de transações, conjugado com os apoios atribuídos pelo Município, desde que o atual Governo Municipal desempenha funções, determinaram que 530 edifícios foram ou estão em fase de reabilitação, num universo atual de cerca de 1.120 edifícios existentes na ARU, ultrapassando já os 47% de edifícios reabilitados ou em processo de reabilitação.
Importa referir que em 2019, os limites da ARU foram reajustados, passando a integrar o Fontelo e parte da Avenida Capitão Homem Ribeiro (junto às antigas instalações da Comissão Vitivinícola Regional do Dão e Bairro de S. José), permitindo que novas áreas sejam envolvidas neste processo de reabilitação e regeneração desta importante zona da cidade.
“Temos um Centro Histórico cada vez mais dinâmico, com o programa Viseu Viva a ser concretizado nos parâmetros definidos aquando da sua aprovação, que foi precedida de debate público”, conclui o Presidente da Câmara.
BENEFÍCIOS CHEGAM ÀS 25 FREGUESIAS
O Município de Viseu vai alargar os benefícios à reabilitação do edificado, até agora exclusivos da ARU, às 25 freguesias do Concelho. Para tal, criou o programa Reabilitar no Rural – uma das medidas mais estruturantes da Estratégia Local de Habitação -, que incentiva à reabilitação de edifícios com mais de 30 anos, localizados preferencialmente nas freguesias mais rurais. Esses benefícios poderão traduzir-se na redução e/ou isenção de taxas municipais, apoios financeiros, isenção de IMI e IMT e isenção total ou parcial de taxas e licenças de construção.
“Pretende-se com estas medidas a criação de um clima favorável, facilitador e motivador da reabilitação do edificado degradado e o combate ao despovoamento das zonas mais rurais e periféricas do concelho, garantindo um forte contributo para a coesão territorial”, explica o presidente da Câmara, Almeida Henriques.