Com os votos contra do Partido Socialista (PS), o executivo da Câmara Municipal de Viseu aprovou a participação do Município no subfundo ImoViriato, integrado no Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE). Viseu torna-se, desta forma, no segundo município do país a avançar com este instrumento que visa o desenvolvimento de projetos de reabilitação de imóveis e a promoção do arrendamento.
O subfundo ImoViriato é dedicado em exclusivo a Viseu, tendo um valor inicial superior a dois milhões de euros. O Município participa no ImoViriato com a entrada de oito imóveis, no valor de 1,443 milhões de euros. Após a reabilitação, reforça-se a oferta de habitação no Centro Histórico, mas também se investe na criação de residências para estudantes.
Nos edifícios a reabilitar neste âmbito encontram-se também as futuras instalações dos SMAS/Águas de Viseu e da SRU Viseu Novo, que passarão, respetivamente, para a Travessa de São Domingos, junto à Rua do Comércio, e para a Rua Direita. No quadro do FNRE, as rendas a praticar serão sempre inferiores aos valores de mercado para as respetivas zonas.
O Fundo e as operações de reabilitação serão geridas pela Fundiestamo, sociedade de capitais públicos, em quem a Secretaria de Estado da Habitação delegou a gestão deste instrumento de política de Habitação. “Esta aposta permite robustecer a estratégia de investimento na recuperação do Centro Histórico de Viseu, e está em linha com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano e aumenta a oferta habitacional a preços controlados, facilitando o regresso de famílias ao centro da cidade”, sublinha Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu, que realça tratar-se “de uma grande operação de reabilitação urbana em zonas importantes do nosso Centro Histórico”, remata o autarca.