Hospital Privado de Viseu ficou-se pelos toscos à espera de novos investidores

Julho 17, 2012 | Região

 

Uma nova estratégia do grupo HPP Saúde para os hospitais privados em funcionamento ou em fase de construção no país, que poderá passar pela venda dos equipamentos, alterou, radicalmente, o calendário anunciado para a abertura do hospital privado de Viseu. A nova unidade, que segundo as contas dos promotores deveria estar já a funcionar há mais de meio ano, desde Janeiro de 2012, ainda não passou da fase dos toscos.

Fonte ligada ao investimento garante que o fim a dar à estrutura não está em causa. Contudo, a maior ou menor celeridade do processo, irá depender do desfecho das negociações em curso entre a Caixa Geral de Depósitos e futuros investidores no contexto de alienação do património “Saúde” do grupo – apurou o VR.

A construção em Viseu do HPP Saúde, grupo detido pela Caixa Geral de Depósitos, resultou de uma parceria estabelecida localmente com o Grupo Visabeira. Uma “aliança estratégica” semelhante a outras realizadas em território nacional. O investimento, na ordem dos 40 milhões de euros, foi apresentado publicamente em Outubro de 2010. Na altura, garantiu-se que o futuro “centro assistencial de referência para a região” entraria em funcionamento em Janeiro de 2012.

A construção do futuro hospital privado arrancou na Quinta da Alagoa, junto ao Palácio do Gelo, considerada uma zona urbana em forte expansão. Mas está parada há vários meses. O VR tentou, sem sucesso, obter pormenores junto do conselho de administração do HPP Saúde, sobre as razões que ditaram a paralisação da obra em Viseu. Isto numa altura em que a Caixa Saúde prepara a alienação do seu património, um processo a concluir durante o segundo semestre deste ano. O Hospital privado de Viseu poderá integrar este pacote. Entre os interessados na compra estarão importantes investidores nacionais e estrangeiros, nomeadamente de Angola e Brasil.

O Grupo Caixa detém actualmente, na área da saúde, o Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, da Boavista, no Porto, e de Cascais, este resultante de uma parceria público-privada, entre outras unidades.

O futuro hospital privado de Viseu, cuja conclusão e entrada em funcionamento ainda não estão definidos, prevê uma oferta integrada em cuidados de saúde com cerca de 18 especialidades médicas e cirúrgicas, meios complementares de diagnóstico, incluindo ressonância magnética, e terá capacidade para 55 camas. Condições que permitirão dar resposta, altamente qualificada, a uma população na ordem do meio milhão de pessoas, do distrito de Viseu e zonas envolventes.

 

 

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