Esperados 40 mil visitantes nos Museus no ano de «Viseu Cidade Europeia do Folclore»

Fevereiro 16, 2018 | Região

Quarenta mil visitantes. Mais cinco mil do que em 2017. É o fluxo aguardado este ano nos actuais seis espaços museológicos da cidade: Museu Almeida Moreira, Coleção Arqueológica José Coelho, Quinta da Cruz, Casa da Ribeira / CMIA, Museu do Quartzo e Museu do Linho de Várzea de Calde. A que se juntará o Museu de História da Cidade. Para atingir aquele número, a Câmara Municipal aposta na promoção de mais de 20 novas exposições e 300 actividades que irão desenvolver-se debaixo do «chapéu» da «Cidade Europeia do Folclore».

O sinal de partida será dado já a 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, com a abertura da exposição «Ícones de Viseu – O Despertar do Museu», na Rua Direita, na antiga Papelaria Dias e também ex-Casa das Memórias. Local onde irá ficar instalado o futuro Museu de História da Cidade. “Esta exposição será o embrião real de um sonho antigo, com pelo menos 40 anos, e nunca concretizado”, sublinhou Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu.

Também a 18 de Maio, será lançado o «Passaporte Municipal de Viseu», que visa fomentar a rede museológica do concelho. A pré-apresentação acontecerá na Bolsa de Turismo de Lisboa.

Durante a apresentação da programação das actividades dos museus municipais para 2018, o autarca enumerou os quatro objectivos definidos, neste particular, para o actual mandato autárquico: aumentar e diversificar a oferta museológica voltada para o património cultural e natural; incrementar a interacção com a comunidade e promover o crescimento de visitantes; aumentar o envolvimento de artistas e criadores locais; e reforçar o alinhamento estratégico com o marketing promocional da cidade.

“Os Museus Municipais vão mexer em 2018, abrir um novo espaço museológico para contar os 2.500 anos de história da cidade, redescobrir e valorizar valores da cultura tradicional popular e partir à descoberta da natureza na sua envolvente directa”, enfatizou Jorge Sobrado, vereador da Cultura do Município viseense.

A dinâmica em torno dos Museus Municipais enquadra-se este ano num outro desafio de Viseu enquanto «Cidade Europeia do Folclore». Daí que estes espaços estejam envolvidos na realização de mais de meia centena de workshops, oficinas e exposições dedicados à cultura popular tradicional. Um número que, no ver do presidente da Câmara, “tenderá a aumentar com a dinâmica da organização do Europeade”, o Festival Europeu de Folclore que Viseu acolhe em Julho deste ano.

Na dinâmica dos Museus, a Casa da Ribeira e o do Linho de Várzea de Calde serão os epicentros da oferta cultural. No primeiro destaca-se a exposição «Memórias da Ribeira», que tem a ver com o artesanato, enquanto o segundo ficará marcado pela exposição integral «O Sudário» de Cristina Rodrigues.

Uma das principais novidades na programação anual dos museus municipais de Viseu está relacionada com a dimensão ambiental da sua oferta. Em 2018, Quinta da Cruz, Museu de Várzea de Calde e Museu do Quartzo terão actividades e experiências de natureza, algumas das quais inéditas. Os visitantes serão desafiados para actividades de bird watching, novos trilhos, roteiros sonoros, e muitas outras.

Realce merece a exposição fotográfica, que abrirá na Quinta da Cruz, a partir de 15 de Outubro. Sob a temática «Dever de Memória» que, a partir do trabalho de fotógrafos e jornalistas nacionais, porá a nú o que foi o primeiro ano dos trágicos incêndios na região de Viseu em 2017. A organização é do pelouro da Cultura e terá a curadoria fotográfica de Nuno André Ferreira e Adriano Miranda.

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