CIM Viseu Dão Lafões abre caminho à Ecopista do Vouga

Novembro 2, 2020 | Região

“É a cereja em cima do bolo” na estratégia que a CIM Viseu Dão Lafões tem desenvolvido de consolidação da região enquanto destino turístico, potenciando os produtos compósitos do Turismo de Natureza, já implantados nesta região”. Isso mesmo fez questão de sublinhar o secretário Executivo do organismo intermunicipal, Nuno Martinho, na cerimónia de assinatura do auto de consignação da Ecopista do Vouga, realizada em Viseu, no Solar do Vinho do Dão.

Fruto de uma candidatura apresentada ao Turismo de Portugal no âmbito do programa «Valorizar», a futura Ecopista do Vouga aproveitará o percurso do antigo ramal ferroviário, desactivado em 1980, ao longo dos concelhos de Viseu, S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades. Com uma dotação orçamental que ultrapassa os três milhões de euros, a obra tem um prazo de execução de 18 meses.

“Desenvolver um produto turístico regional diferenciado, através da requalificação do antigo ramal, enquanto corredor verde sob a forma de ecopista”, é o grande objectivo que presidiu ao projecto da Ecopista do Vouga e à parceria estabelecida entre os quatro municípios abrangidos.

“É uma ambição antiga, não apenas dos municípios atravessados por este eixo, mas, de toda a região”, sublinhou Rogério Abrantes, presidente da CIM Viseu Dão Lafões, para quem “este corredor verde regional, com mais de cem quilómetros de extensão, é de extremo valor paisagístico, turístico e ambiental, não apenas dos municípios incluídos neste eixo e de toda a região, mas também entre os adeptos deste tipo de oferta turística.

Com uma extensão de cerca de 56 quilómetros, a Ecopista do Vouga terá uma ligação, em Viseu, à Ecopista do Dão (49 quilómetros ao longo dos concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão), integrando uma na rede de percursos pedestres e cicláveis, centros de BTT e Trail. O percurso beneficiará ainda da ligação à futura Ecopista do Mondego, no distrito de Coimbra, e à Ecopista de Sever do Vouga, no distrito de Aveiro.

A empreitada apresenta “soluções de carácter inovador”. Para além do espaço do canal, as intervenções vão incidir em obras de arte, nas quais serão investidos cerca de meio milhão de euros, túneis ferroviários, pontes, estações, uma passagem hidráulica e apeadeiros de inegável interesse e beleza arquitectónica e paisagística, ao mesmo tempo que vai preservar a identidade e avivar a memória colectiva, devolvendo uma infraestrutura histórica às populações”.

Mas tudo isto implicar custos acrescidos. Razão pela qual Rogério Abrantes sensibilizou a  Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, para um reforço do apoio, a fundo perdido, pelo Turismo de Portugal, para a concretização deste projecto. “A contrapartida dos quatro municípios envolvidos, representa um esforço financeiro incomportável”, justificou o presidente da CIM Viseu Dão Lafões.

“A  região Viseu Dão Lafões, a nível nacional, é a quarta região, com mais projectos aprovados no quadro do Programa Valorizar, contando com um incentivo total de 8,2 milhões de euros. Portanto, continuamos a trabalhar no sentido de priveligiar os projectos que aproveitam os activos endógenos das regiões”, concluiu Rita Mendes.

 

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