Centro a criar em Viseu sem técnicos para investigar acidentes com aeronaves

Fevereiro 17, 2014 | Região

O centro de investigação de acidentes com aeronaves anunciado para Viseu, a instalar num hangar do aeródromo Gonçalves Lobato, continua sem qualquer investigador no activo. Uma situação que se mantém desde Julho do ano passado, quando o único especialista nesta actividade atingiu o limite de idade.

“O problema persiste”, confirmou ao «VR» Álvaro Neves, director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAAA), o organismo público que se prepara para assinar com a Câmara Municipal de Viseu um protocolo que prevê a criação, nesta cidade, daquele que será o único centro de investigação a funcionar no país.

Segundo aquele responsável, a falta de investigadores no GPIAA “deverá ficar resolvida a curto prazo”, na sequência de um concurso público que o organismo tem em fase de conclusão para admissão de quatro investigadores. “Tenho fé que dentro de 30 dias tudo esteja normalizado”, garante Álvaro Neves, que confirma, como “útil e necessária”, a infraestrutura a criar em Viseu através de uma parceria para a qual “intercedeu pessoalmente”.

“Neste momento, os destroços dos acidentes continuam depositados em espaços particulares, espalhados pelo país, e havia a necessidade de os concentrar num único espaço. E Viseu, também pela sua localização estratégica, reúne as melhores condições para acolher o centro de investigação”, sublinha Álvaro Neves, para quem, nesta altura, “há um total de 40 processos de investigação pendentes no país”.

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