As novas instalações do Arquivo Municipal de Viseu, que transitou da Casa Amarela para o rés-do-chão da Igreja Madre Rita, já estão inauguradas e acessíveis aos munícipes. São quatro as salas de arquivo que guardam toda a documentação alusiva aos processos de urbanização e edificação do Município de Viseu, num total de 1253 metros quadrados. O acervo documental, antes disperso por vários espaços e edifícios camarários, está hoje centralizado num espaço que “garante as corretas condições de receção, gestão, manutenção e conservação dos documentos, na Avenida Quinta da Alagoa”.
“Com este novo equipamento, dispomos agora de todas as condições, nomeadamente espaço físico e pessoas capacitadas para dar apoio aos munícipes e cidadãos que necessitem de aceder ao Arquivo Municipal”, sublinhou o autarca, Fernando Ruas, esta manhã, destacando o impacto positivo desta empreitada, cujo investimento municipal ascendeu a 737 mil euros.
A par das melhorias conseguidas ao nível da documentação, o Arquivo Municipal de Viseu proporciona hoje um serviço mais célere e cómodo para todos os cidadãos, já que oferece um serviço 360º, da consulta à reprodução, do levantamento da documentação ao pagamento.
Para além das salas de arquivo, constituídas por estantes próprias e compactas, que protegem da luz e poeiras, o espaço dispõe também de uma sala de leitura/consulta de documentos, assim como outras áreas de caráter técnico e administrativo.
O Arquivo Municipal funcionava na Casa da Câmara, na atual Praça D. Duarte, no século XVI. Em 1796, um incêndio destruiu os Paços do Concelho e desorganizou o Arquivo. É possível que se tenha perdido/destruído alguma documentação. No ano seguinte, em 1797, a Câmara, e provavelmente o Arquivo, estava instalada no edifício do atual Museu Nacional Grão Vasco. Já em 1877, tem início a construção dos Paços do Concelho, na atual Praça da República, onde também viria a ficar instalado o Arquivo. No ano 2000, o acervo documental do Município estava disperso por 5 espaços/edifícios, nomeadamente os Paços do Concelho, o Solar dos Peixotos, o Fontelo e a Biblioteca Municipal).
Em 2006, o Serviço de Arquivo, e parte do fundo documental, é transferido para o edifício municipal Casa Amarela, tendo aqui se mantido até à atual transferência para as novas instalações agora inauguradas.