O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) acaba de certificar o Aeródromo Gonçalves Lobato com o selo de qualidade, na sequência de investimentos recentes feitos pela Câmara Municipal de Viseu na qualificação deste equipamento, de que é exemplo o reforço orçamental de 100 mil euros, ainda para este ano, aprovado em Abril pelo executivo. A certificação, válida até 29 de Maio de 2019, permitirá radicar no aeródromo municipal serviços de voos comerciais e operações aeronáuticas, cumprindo todos os protocolos de segurança em vigor.
Almeida Henriques, presidente da Autarquia considera que aquele reconhecimento vem criar “condições favoráveis” para a inclusão de Viseu, enquanto cidade-região, na nova rota de voos regulares recentemente anunciada pelo secretário de Estados dos Transportes, Sérgio Monteiro, que ligarão Bragança, Vila Real, Viseu, Tires e Portimão, proposta pelo INAC. O autarca conclui que o Aeródromo Municipal de Viseu fica assim “numa posição vantajosa” no concurso internacional que deverá ser aberto ainda este ano para assegurar a operação.
“O INAC fará agora uma série de consultas aos aeródromos envolvidos para que esta ligação possa ser uma realidade ainda este ano, em nome de uma coesão territorial de norte a sul do país”, explicou aos jornalistas Almeida Henriques, para quem esta região, pela sua localização privilegiada, potencial económico e como destino, pode tirar partido nova ligação aérea nacional.
O presidente da Câmara Municipal de Viseu diz ter recebido do Governo, a garantia de que o concurso público internacional deverá estar concluído ainda em 2014, num contrato válido para três anos, e que o custo de uma viagem de ida e volta para Lisboa deverá situar-se nos 80 euros.
O autarca considera que a certificação agora conseguida tornará o Gonçalves Lobato mais atractivo para a instalação de outros serviços, nomeadamente os já garantidos serviços de investigação do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), e a pretendida concentração, no local, de todos os meios de Proteção Civil. Para além da reiterada intenção de acolher um comando nacional alternativo de operações de socorro, que cumprirá, de resto, um protocolo já celebrado entre o Estado e a Câmara de Viseu.
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