A Câmara Municipal de Viseu entregou a 85 famílias carenciadas do concelho, em cerimónia realizada no Auditório Mirita Casimiro, a primeira tranche (30 por cento) dos contratos de beneficiação para outras tantas habitações. O apoio municipal global atribuído em 2015 é de 500 mil euros, distribuído entre o programa VISEU HABITA e o programa VISEU SOLIDÁRIO. Face a 2014, o aumento é de 40 por cento, com mais 60 por cento de famílias apoiadas.
“Somos muito sensíveis às situações de carência. Não fechamos os olhos”, afirmou durante a cerimónia o presidente da Câmara, Almeida Henriques, para quem “a habitação condigna é um desígnio da democracia”. O autarca fez questão de lembrar que chegou a haver, no passado, um programa nacional para a melhoria das habitações, com a autarquia a assumir uma parte da comparticipação. “Uma responsabilidade que deixou de ser partilhada pela administração central, acabando a Câmara de Viseu por assumir também essa parte”.
Entre as 85 famílias apoiadas, 51 receberão ainda uma comparticipação extraordinária no âmbito do programa VISEU SOLIDÁRIO, “por se tratar de casos de maior carência socioeconómica”. As habitações a melhorar abrangem as 23 freguesias do concelho, com as do Campo, Silgueiros, Abraveses, Bodiosa, S. Cipriano e Vil de Souto a serem as mais apoiadas. O investimento total a realizar, que inclui a contrapartida de 50 por cento a suportar pelas famílias, é de um milhão de euros
Em 2014 e 2015, os apoios do VISEU HABITA já chegaram a um total de 137 famílias carenciadas, num investimento municipal de 850 mil euros. Nestes dois anos, o volume de obras realizadas ou projectadas representa 1,6 milhões de euros.
Almeida Henriques faz também justiça, à rede solidária consubstanciada na “participação de empresas, gabinetes de engenharia e arquitectura, na execução gratuita ou a custos reduzidos de projectos”. E dá como exemplos José Cardia – Arquitectos, Lda, Artspazios; Carlos Alberto Figueiredo Pires; Curbi; Cândido Miguel Mota – Arquitectura e Urbanismo, Lda.; Esteves & Associados – Arquitectos, Lda.; Moreno Arquitectos; Realidade Imaginária; Riscos & Ruídos; e Viscivil – Engenheiros, Lda. “É um bom exemplo de que a união faz força”, reconhece o autarca.