Francisco Lopes quer Lamego como “Capital Social”

Outubro 26, 2013 | Política

Ao fim de oito anos de exercício de funções autárquicas, Francisco Lopes iniciou o seu último mandato à frente dos destinos do Município de Lamego reiterando a vontade de manter na íntegra a “política de desenvolvimento infraestrutural, coerente e ambiciosa da cidade e do concelho, bem como a continuidade da aposta nos lamecenses, na sua dignidade, na sua qualificação”, rejeitando desta forma qualquer “pessimismo ou miserabilismo”.

Durante o discurso que proferiu na cerimónia de instalação dos órgãos autárquicos que resultaram do ato eleitoral de 29 de setembro, deixou todavia um aviso à navegação: “Não negamos os problemas, nem rejeitamos as dificuldades. Não escondemos que Lamego, como o resto do país interior, está confrontado com problemas graves que decorrem da demografia, do território e da conjuntura económica”.

Perante a urgência de superar “velhos problemas”, o mandato autárquico que agora se inicia exigirá “novas soluções” que devem nascer de uma forte vontade política local, concebidas em amplo consenso e implementadas num quadro estratégico coerente e estável. Francisco Lopes aponta o caminho a seguir: “A criação de capital social”. “Continuaremos a assumir que o Município, mais do que promotor de eventos, de iniciativas ou de acontecimentos, deve ser o criador, o facilitador, o catalisador das condições e dinâmicas necessárias a que essas realizações aconteçam no nosso Município. Sei que nem sempre isso acontece, seja porque os responsáveis municipais, aos mais diversos níveis, sucumbem à tentação de afirmação pessoal e política, seja porque as instituições se resignam a uma subsídio-dependência cómoda, mas inepta”, explica, para pedir logo de seguida a participação e o empenhamento de todos os lamecenses nesta tarefa, em particular os eleitos para a câmara municipal, a assembleia municipal e as assembleias de freguesia.

Recorde-se que, na sequência dos resultados do mais recente ato eleitoral, a coligação PSD/CDS-PP “Todos Juntos por Lamego” venceu por maioria absoluta, alcançando quatro mandatos no executivo, enquanto que o Partido Socialista conquistou três. Durante os próximos quatro anos, Francisco Lopes já elencou os “desafios concretos” que pretende concretizar: a conclusão do projeto Viver Lamego que oferecerá à cidade um centro histórico reabilitado e “revolucionará” as vivências, as funcionalidades e as aptidões económicas, comerciais e turísticas dos seus espaços nobres.

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