Emoção e cumplicidade no balanço à obra de Fernando Ruas

Outubro 14, 2013 | Política

António da Cunha Lemos e Hermínio Magalhães, dois vereadores que vão cessar funções a partir da tomada de posse do novo executivo da Câmara Municipal de Viseu, foram os apresentadores das quarta e quinta edições de «Discursos», uma obra editada pela Autarquia que contém as mais importantes intervenções de Fernando Ruas ao longo de mais de duas décadas, neste caso nos períodos de 2002 a 2005, e de 2005 a 2009. Cunha Lemos colocou a tónica na obra, “determinação, inteligência e competência” do presidente que em diversos momentos da sua gestão suscitou a admiração de personalidades como Xanana Gusmão, Fradique de Menezes (ex-presidente de São Tomé) e Durão Barroso, entre muitos outros governantes do país. E não escondeu (antes pelo contrário) o “orgulho pelo trabalho feito na cidade e nas freguesias do concelho”, no qual teve o “privilégio” de colaborar enquanto vereador. “Que prazer me deu trabalhar consigo”, confessou o ainda vereador.

Mais pragmática, mas não menos emocionada, foi a intervenção de Hermínio Magalhães. Destacou as intervenções de Fernando Ruas na Assembleia Municipal sobre os orçamentos e grandes opções do plano, sublinhou que as questões financeiras foram a “grande preocupação originária” do presidente, e criticou aqueles de que “forma leviana e aligeirada” tanto o criticaram pela obra do betão e do alcatrão. “Foram necessidades básicas concretizadas e alicerçadas para várias décadas, e que hoje seria impensável que não existissem”, concluiu o vereador, dando como exemplo a revolução operada no saneamento e abastecimento de água “que acabou de vez com as cíclicas e prolongadas faltas de água na cidade de Viseu”.

“Apenas tive de delinear as linhas mestras, acertar na escolha dos vereadores, e dar-lhes depois liberdade de acção. E está provado que escolhi os melhores”, reconheceu Fernando Ruas, que «devolveu» à administração que o acompanhou ao longo de todos estes anos, “muito do mérito” que lhe é atribuído na gestão do município. Não só aos sucessivos vereadores, como a todos os chefes de departamento, sublinhando aqui o papel desempenhado por Dora Mariano (serviços culturais) e Carlos Tomás (Serviços Municipais).

Em relação aos «Discursos», Ruas fez questão de referir que o que disse e escreveu em todas as edições, “decorreu sempre da vontade indómita e sincera de fazer mais e melhor pela comunidade” que serviu, acrescentando, em resposta a “alguns críticos”, que os dois últimos mandatos da sua presidência foram “seguramente os mais produtivos”.  “Estavam enganados aqueles que já me consideravam a mais nestes dois últimos mandatos”, concluiu Fernando Ruas.

 

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