Mais um trabalho da autoria de umarquiteto famoso, e mais um mamarracho. A Câmara Municipal de Viseu teve um enorme azar ao desprezar os técnicos locais, e gastar “rios” de dinheiro com projectos encomendados aarquitetosdecraveira internacional. Eu até acredito que sim, que eles têm categoria, mas essa reconhecida competência não se revelou, infelizmente entre nós.
Hoje, e no seguimento de uma série de apontamento que aqui tenho deixado sobre a cidade, quero abordar, ainda que de forma algo ligeira, o caso do Multiusos de Viseu. Primeiro direi que a sua arquitetura e o seu aspecto visual são um autêntico nojo, e daí ser conhecido pelo contentor.
Depois, o que devia seu um polo de atracção e de reunião, não passa de um espaço morto e inútil.
Não basta ser utilizado apenas um mês e meio por ano, na altura da Feira Franca, ficando o resto do tempo, praticamente ás moscas.
Naquele enorme espaço, estão apenas instalados uns gabinetes adstritos à Expovis e à Policia Municipal, que se queixa das exíguas e inadequadas instalações postas à sua disposição. É difícil acreditar, mas o gabinete do Director da Expovis nem sequer tem uma janela que lhe permita ver a luz do dia; não tem luz natural. A ditadura imposta pelas regras que protegem os arquitetos ,impedem que a Câmara Municipal possa reparar a situação, mandando abrir uma janela ou uma porta envidraçada.
O pavilhão que deveria ser utilizado com frequência para não dizer diariamente, com eventos culturais e desportivos, encontra-se praticamente encerrado, e isso porque quem tem a responsabilidade de gerir o Forum, não tem imaginação nem capacidade para mais .
Não seria mais prático e mais aconselhável atribuir essa gestão aos profissionais competentes da Expovis que estão no terreno ? É evidente que sim.
Depois, há aquele enorme espaço entre o Multiusos e o Rio Pavia, coberto de gravilha que não serve absolutamente para nada. Poderemos dar-nos ao luxo de ter todo aquele espaço perdido, quando a cidade se debate com enorme falta de parques de estacionamento?Também aqui se impõe a tirania do arquiteto Manuel Salgado, que assinou este projecto pífio.
E se os responsáveis viseenses defendessem mais os interesses do município e se marimbassem para esses constrangimentos ilegítimos. Não seria má ideia.
José Reis