Polis IV: Contrariedades e transtornos do funicular

Março 25, 2013 | Opinião

Entre vários peculiaridades conhecidos de Fernando Ruas, Presidente da Câmara Municipal de Viseu, destaca-se a sua casmurrice, e naturalmente, o seu “quero posso e mando”.

Quem lida de perto com ele, reconhece-lhe vários atributos,mas não deixa de o considerar teimoso e autoritário.

Quando se lhe mete alguma coisa na cabeça, ultrapassa tudo e todos,para levar de vencida e impor a sua vontade.

Porém, a sua grande frustração, ao deixar de mandar no Concelho, será sem dúvida não ter conseguido alcançar o sonho de legar a Viseu uma praia fluvial.

Ruas parte desolado, pelo facto dos técnicos não terem tido o engenho suficiente para fazerem  a sua mirífica praia, mesmo sem  água para tal.

Mas se não conseguiu isso, conseguiu muitas outras coisas.

Contra tudo e contra todos, o nosso Presidente mandou instalar um funicular que deixa como obra a ser demolida e arrasada, mais cedo ou mais tarde, por um outro edil com visão e coragem para o fazer.

Apesar do parecer contrário quase generalizado dos viseenses, o Presidente decidiu-sepor aquela “obra” que não tem qualquer sentido. Ainda se tivesse alguma utilidade, vá lá, mas “aquilo” é um monstro inútil e caro. Praticamente ninguém o utiliza (como a foto documenta),e fica caríssimo aos munícipes pagantes.

Um governante do actual executivo nacional, disse que tinha acabado o tempo das rotundas, dos parques desportivos e das piscinas, isto porque um estudo efectuado, dava conta de gastos municipais completamente loucos, e que muitas câmaras municipais estavam endividadas até às orelhas.

Afinal, quando o Presidente Nacional dos Municípios proclamava que o poder local administrava melhor os dinheiros públicos, não era verdade.

Pois o famigerado funicular que nos custou e continua a custar uma “pipa de massa”, embora seja gratuito, não consegue atrair o interesse de ninguém, e portanto, anda quase sempre “ às moscas”.

Para além do dinheiro dos nossos impostos e taxas, para ali inutilmente desviados, não nos podemos esquecer dos transtornos e das contrariedades que aquele “monstrinho” provoca a peões, automobilistas, moradores e comerciantes

De tudo isto e muito mais, foi avisado Fernando Ruas, que impávido e sereno, impôs mais uma vez, a sua real vontade. Manda quem pode.

José Reis

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