Polis III: a lixeira e os mamarrachos de cimento

Março 14, 2013 | Opinião

Por: José Reis

O Programa Polis, foi no Governo de António Guterres uma janela aberta para muitos municípios alindarem, potenciarem e enriquecerem o património e o ambiente locais.

A Câmara Municipal de Viseu teve o mérito indiscutível de apresentar um projecto que mereceu o apoio governamental. Realizou umas obras bonitas e úteis por um lado, e uns mamarrachos e inutilidades por outra.

Entre as bonitas e úteis destacaria o que foi feito no Rio Pavia e em todo o seu redor. As margens, o leito e a sua envolvência, foram tratados, ajardinadas e embelezadas, mas com o passar do tempo a sua manutenção tem sido um tanto descuidada. Ainda assim, admitindo que o tempo deixa as suas marcas, não se pode conceber que propositada e desleixadamente se abandalhe o que é bom, e que é nosso.

Quero denunciar hoje, a lixeira, que conforme as fotos documentam, foi constituída num dos sítios mais bonitos do Rio Pavia. Em frente da ponte nova do Bairro da Balsa, e em pleno Parque Linear, os funcionários camarários, encontraram aí o espaço ideal para depositarem o lixo, e fazerem desse local, uma inacreditável estrumeira. Já não bastava o matagal que aí se desenvolveu, para agora termos também ali uma lixeira a céu aberto. E já agora, a somar a esta vergonha, existem nessa zona (documento fotográfico), uns horrorosos depósitos de vinho, propriedade da Federação dos Vinicultores do Dão, que revelam um completo estado de abandono, e que dão ao local um aspeto de perfeita imundice. Para além de desenquadrados naquela paisagem, os ditos depósitos encontram-se imundos e em perfeito estado de degradação.

Outros barracões da dita Federação ali abandonados, sujos, degradados e nojentos, contribuem para agravar ainda mais o  aspecto do local que se queria saudável e paisagisticamente agradável.

Não poderia a C.M.V. providenciar para que a Federação V.D. não fosse tão relapsa? Eu penso que sim, e o interesse e o bem estar dos viseenses também o exigem.

 

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