“Este acordo é um passo feliz para a comunidade educativa de Viseu”, congratula-se o presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, que na última segunda-feira, “um dia particularmente importante” para a comunidade educativa do concelho, assinou um acordo para a continuação das obras de beneficiação das escolas Básica Grão Vasco e Secundária Viriato, homologado no Salão Nobre pelo Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Os protocolos assinados traduzem-se num investimento de 2 milhões de euros, distribuído pelos dois estabelecimentos de ensino (1,4 milhões para a Básica Grão Vasco – a que apresenta as piores condições de conservação no parque escolar de Viseu -, e 570 mil euros para a Secundária Viriato), beneficiando 988 e 679 alunos, respectivamente. E representa, segundo Almeida Henriques, o “culminar de um problema que se arrastava há mais de uma década”, sucessivamente denunciado por professores, alunos, encarregados de educação, deputados e dirigentes partidários de todos os quadrantes políticos.
“Se o Município (de Viseu) se tivesse excluído da sua responsabilidade, estaria a adiar um problema que, pessoalmente, acompanho há 12 anos. Primeiro como deputado e agora como presidente da Câmara, cabendo-me, nestas funções, o privilégio de ter contribuído para chegarmos a esta solução”, assume o presidente da Autarquia, para quem “os problemas que afectam há muitos anos muitas centenas de alunos e professores nestas escolas terão, a partir de agora, os dias contados”.
Os 2 milhões de euros agora protocolados para o avanço das obras de requalificação da Grão Vasco e Viriato, vão ser financiados pelo Portugal 2020, assumindo a Câmara Municipal de Viseu uma comparticipação de 300 mil euros, que Almeida Henriques assume como “um investimento e não um custo”. Uma operação que irá permitir, garantiu, que as infraestruturas escolares de Viseu “fiquem servidas para a próxima década”.
Na sua intervenção, o autarca social-democrata fez questão de sublinhar que as tão reclamadas obras de beneficiação nos dois estabelecimentos de ensino foram sempre alvo de “promessas que geraram frustrações e descrenças. Promessas com uma concretização muitas vezes, demasiadas vezes, adiada”.
Consumada a assinatura dos protocolos, Almeida Henriques garante que a Autarquia vai agora avançar “de imediato” com a elaboração dos respectivos projectos para que, logo que abra a primeira fase de candidaturas, “possa estar na primeira linha”, sempre com a preocupação de que as obras “não prejudiquem o rendimento escolar”. “O Centro 2020 vai ter que abrir uma candidatura para que a Câmara de Viseu, no seguimento destes protocolos, apresente a candidatura destas duas escolas”, assegura o autarca.
Depois de ter homologado os protocolos de cooperação, Nuno Crato aproveitou a presença em Viseu para anunciar, para além das obras que estão continuamente a ser feitas, ou da responsabilidade das autarquias, ou do Ministério da Educação, que o Governo acaba de alocar 350 milhões de euros de fundos comunitários do Portugal 2020 para o reequipamento, reabilitação e requalificação de cerca de 130 escolas. Dinheiro que “terá uma utilização criteriosa”, sublinhou o governante, para quem as autarquias, “como foi o caso de Viseu, estiveram sempre a trabalhar para que as escolas fossem requalificadas, reabilitadas, e os estudantes tivessem melhores condições possíveis”.