Directora nega fecho do Colégio da Imaculada Conceição

Abril 10, 2013 | Educação

“O Colégio da Imaculada Conceição tem as dificuldades inerentes aos tempos difíceis que vivemos, a exemplo do que sucede com a generalidade dos estabelecimentos de ensino, mas não vai fechar as portas”. É desta forma que a directora da instituição, Irmã Teresa Santos, refuta informações que dão como certo o fecho do prestigiado Colégio, já a partir do próximo ano lectivo.

A justificar o alegado descontentamento de alguns encarregados de educação e a convicção de que o colégio pode fechar as portas a curto prazo, apontam-se dificuldades que vão desde a escassez de bens essenciais (“racionamento de comida, deficientes condições higieno-sanitárias, falta de aquecimento, escassez de material didáctico e de limpeza) até, entre outras denúncias, ao despedimento de professores e outros funcionários.

A dirigir a instituição de ensino há 21 anos, a irmã Teresa Santos não esconde as dificuldades. A começar, desde logo, pelos 220 alunos que no presente ano lectivo (2012/13)frequentam o Colégio da Imaculada Conceição, número que fica bastante aquém dos mais de 400 que já chegou a ter quando o ensino era gratuito, e também dos 587 que à luz do álvara aprovado poderiam ser admitidos.

“Para além das mensalidades pagas pelos pais, os alunos beneficiam de um contrato simples com o Governo que dá uma ajuda per – capite em função do rendimento familiar”, explica a responsável. Sem fins lucrativos, o Coégio da Imaculada Conceição, que funcionou sempre em regime de internato, presta ainda apoio a algumas algumas famílias numerosas.

Apesar de ter menos alunos, e mais dificuldades para contornar “com o apoio do governo provincial”, Teresa Santos desdramatiza. “Actualmente esta casa passa pelas mesmas dificuldades que atingem outras instituições e cidadãos em geral. Mas não estamos com a corda no pescoço”, sossega a dirigente.

Sobre o alegado despedimento de professores, a directora do Colégio da Imaculada Conceição, é peremptória: “apenas foram despedidos quatro dos vinte e um auxilares de educação, em consonância com determinação do governo da Congregação em Lisboa. Mas fizémo-lo com humanismo e justiça e na plena salvaguarda dos seus direitos”. A dirigente justifica a decisão com a actual “desproporção” entre o número de alunos e o pessoal auxiliar.

Quanto ao corpo docente, Teresa Santos reconhece que alguns professores viram reduzido o número de horas de trabalho, “como acontece no ensino público e por determinação do Ministério da Educação”.

A ideia de que o Colégio ultrapassa dificuldades insanáveis, que podem ditar o seu fecho já a partir de Setembro, é posta de parte pela Irmã Teresa Santos. “Tem havido preocupação de conter as despesas correntes. Mas a nossa actividade mantém-se. Continuamos a receber inscrições de alunos já para o próximo ano lectivo.

O Colégio da Imaculada Conceição esclarece que a instituição vai ncontinuar a pautar a sua acção por elevados padrões de qualidade. Os mesmos que garantem aos alunos que dele saem o ingresso em cursos muito desejados como o de Medicina. “Poderíamos ter mais estudantes, mas não queremos massificar o ensino que ministramos. É por isso que o Colégio é considerado desde 2011 uma escola de excelência”,

 

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