É o maior investimento de que há memória no concelho de Tondela, no domínio das acessibilidades. Há muito prevista no orçamento municipal como um dos “investimentos prioritários” no concelho, a requalificação da Estrada Regional (ER) 230, entre Molelos e o Caramulo, teve finalmente luz verde para avançar no terreno, materializando assim no terreno uma das mais antigas e legítimas aspirações de autarcas e populações das freguesias abrangidas pelo projecto. O prazo de execução da empreitada, a cargo da «Cidadepontual SA» é de 15 meses, já a partir de 1 de Dezembro.
A intervenção, considerada “estruturante” não só para o concelho como para toda a região, incide ao longo de 23 quilómetros de via, incluindo, não apenas a requalificação do traçado principal (13,47 km) entre Fungão e Caramulo, mas também significativos melhoramentos em arruamentos e áreas urbanas contíguas. Nomeadamente na Estrada Regional (ER) 230-3, entre o Caramulo e Caramulinho (4,319 km), estrada de ligação Litrela/Santiago de Besteiros (1,857 Km), e estrada de ligação entre a ER 230 e Santiago de Besteiros (1,374 km).
Para além das obras de saneamento, águas pluviais, redes eléctricas, iluminação pública, gás e telecomunicações, a requalificação da ER 230 vai contemplar ainda a execução de passeios no troço entre Coelhoso e a zona urbana de Campo de Besteiros, sinalização horizontal, vertical e elementos redutores de velocidade. Tudo em nome da melhoria da qualidade de vida das populações e de uma aposta clara no desenvolvimento económico e turístico do Caramulo.
Orçado em quase 2,8 milhões de euros, com uma comparticipação comunitária de 1.520 mil euros, o projecto de Requalificação da ER 230, foi lançado no último sábado no posto de Turismo do Caramulo, numa cerimónia que juntou os presidentes de junta das freguesias abrangidas, com a vereadora Carla Pires a apresentar todos os pormenores da empreitada.
A requalificação de uma das mais estruturantes ligações rodoviárias do concelho de Tondela “cumpre também um dos compromissos eleitorais” do executivo liderado por Carlos Marta. Que só não se aconteceu mais cedo porque a obra foi obrigada a concurso três vezes. “O primeiro não teve visto do Tribunal de Contas e, no segundo, concluímos que a intervenção então prevista continuava longe das nossas ambições. Partiu-se então para um terceiro concurso, com um aumento do investimento para quase três milhões de euros, este sim, concluído e adjudicado, e que acabou por obter o visto do Tribunal de Contas há pouco mais de um mês”, fez questão de explicar o autarca, para quem este “foi o primeiro passo para se poder executar o projecto de acordo com normas nacionais e comunitárias”.
Para Carlos Marta, o objectivo é permitir que a comparticipação, que neste momento é de 55 por cento passe para os 85 por cento de verbas provenientes do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). “Temos de correr riscos, para mais tarde tirarmos os benefícios desses mesmos riscos”, conclui o autarca.