Sernancelhe viveu a melhor festa da castanha de sempre

Novembro 13, 2012 | Economia

A edição 2012 da Festa da Castanha de Sernancelhe foi a melhor de sempre. Num ano em que a produção de castanha até ficou aquém do esperado em termos de quantidade, o evento que o Município organiza há mais de duas décadas superou largamente as expectativas. Não só porque cativou mais público, mas também porque o programa conseguiu atrair a Sernancelhe milhares de visitantes para a feira e para participarem em eventos desportivos como o Passeio Pedestre, o Passeio de BTT, na palestra técnica sobre os soutos e no Colóquio dedicado a Aquilino Ribeiro.

Mais de meia centena de expositores, entre produtores e transformadores de castanha, juntas de freguesia e restaurantes, empresas do sector, Escola Profissional e Confraria da Castanha marcaram presença durante os três dias no Exposalão de Sernencelhe, contribuindo sobremaneira para a animação e dinâmica da edição de 2012 da Festa da Castanha.

Entre as várias actividades paralelas promovidas pela Câmara Municipal, destaque para a palestra “A Importância de cuidar o solo na saúde do souto”, da responsabilidade dos professores Ester Portela e Miguel Martins, da UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A iniciativa e a cooperação do Município com a Universidade insere-se num Protocolo que visa promover o estudo, a preservação e ensinar cuidados técnicos a aplicar nos soutos e nos castanheiros e, consequentemente, aumentar a produção da variedade martaínha.

Na sequência deste trabalho, está agendado para 10 de Novembro um dia aberto, a que todos os agricultores poderão assistir, onde os técnicos ensinarão as práticas adequadas ao tratamento dos solos propícios aos soutos.

Numa altura em que prossegue no terreno o levantamento sobre o tipo de solos, estado dos soutos, quais as melhores formas de tratamento e técnicas a aplicar para que, no prazo de oito anos, a produção de castanha possa aumentar até 50 por centro, o presidente a Câmara Municipal de Sernancelhe reforça, ao mesmo tempo, a aposta na transformação do produto.

Instado a pronunciar-se sobre a indefinição que rodeia a certificação da castanha, embora já exista a “DOP Soutos da Lapa”, com as entidades a não se entenderem sobre a problemática, o presidente da Autarquia, José Mário Cardoso, desvaloriza a questão e aponta outros caminhos. “A castanha de Sernancelhe está a precisar de dar um outro passo, e esse passa pela sua transformação, sem prejuízo para uma certificação que considero também necessária. Mas a grande prioridade, neste momento, vai para a sua transformação”, defende o autarca.

 

 

 

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