O Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, invocou as “boas relações económicas e culturais” que unem a região e Moçambique, para entregar ao Presidente da República deste país, Filipe Nyusi, a Chave de Honra da Cidade de Viseu. Uma distinção até agora só atribuída a Mário Soares e ao ex- primeiro-ministro da Costa do Marfim Daniel Kablan Duncan.
A cerimónia, que decorreu nos Paços do Concelho, culminou uma visita que o presidente moçambicano fez ao grupo Visabeira, um dos principais investidores neste país africano, depois de Filipe Nyusi ter cumprido, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, uma visita de Estado de quatro dias a Portugal.
“Este é um momento histórico para Viseu e para Moçambique”, reconheceu Almeida Henriques, na cerimónia em que esteve presente também o presidente do Conselho de Administração do grupo Visabeira, Fernando Nunes. Um grupo que o presidente da Câmara Municipal de Viseu classificou como “uma enorme ponte” nas relações económicas e culturais entre Portugal e Moçambique.
Almeida Henriques aproveitou a presença do Presidente da República de Moçambique para manifestar a vontade de um aprofundamento das relações entre a região e aquele país africano. “Queremos alargá-las a outros domínios. Seja ao nível do ensino superior, seja de outras áreas, nomeadamente das novas tecnologias, em que este Município tem vindo a investir”, exemplificou o autarca.
“Estamos em boas mãos e numa boa terra. É graças ao grupo Visabeira que conheço agora Viseu, onde tenho e reencontrei muitos amigos. E isso é algo que me diz muito em relação a este Município”, reconheceu, sem esconder alguma emoção, o Presidente da República de Moçambique. Que aproveitou este acto oficial para pedir à Câmara de Viseu e ao grupo empresarial Visabeira para investirem (ainda) mais em Moçambique.
“Estando aqui, na sede do grupo Visabeira, quero convidar para continuarem a investir mais para Portugal e para Moçambique, sobretudo na área da formação”, desafiou o chefe de Estado de Moçambique, depois de constatar o “todo um potencial que pouco exploramos, mas que pode crescer mais”, reconheceu o chefe de Estado moçambicano.