«Há vida no centro histórico de Viseu – o coração da cidade». É esta a designação e o mote do recém-criado movimento cívico que pretende contribuir para a dinamização de uma zona que os promotores assumem como “um sítio bom para viver e trabalhar”. Aberto a toda a sociedade viseense, o movimento integra, para já, 25 proprietários de bares e restaurantes, mas espera a adesão de mais pessoas e instituições a uma causa que pretende promover o centro histórico como um “local dinâmico, cosmopolita, jovem, e interessante”. Na lista das prioridades está a uniformização dos horários de funcionamento daqueles estabelecimentos.
Cláudia Marques, um dos porta-vozes, sublinha que a uniformização de horários nos bares e restaurantes, “é a primeira de muitas” questões que o Movimento quer debater com entidades, públicas e privadas, associações e agentes económicos ligados ao sector. Nomeadamente o estacionamento, realização de eventos culturais, circulação automóvel, entre outros.
Na sua página no facebook, onde é exibido um filme promocional do centro histórico de Viseu, o Movimento propõe, de acordo com um documento que já apresentou na Câmara Municipal e com a petição online, que os bares, casas de fado e estabelecimentos análogos funcionem durante o Inverno até às 2 horas, de domingo a terça-feira, e de quarta-feira a sábado até às 4 horas. Já entre os meses de Abril e Setembro, a proposta aponta para o encerramento generalizado às 4 horas.
“Queremos discutir, de forma construtiva e sem bater o pé, todos os assuntos e medidas a adoptar, não só em relação aos horários, mas também a outras situações que se prendem com as acessibilidades, estacionamento, circulação automóvel, reabilitação urbana, isolamento acústico, património cultural e segurança”, sublinha Cláudia Marques, para quem o recurso à videovigilância é uma solução para a qual os “proprietários dos bares estão receptivos”. Sobretudo porque é nos ruídos e no vandalismo que a convivência entre bares e moradores não tem sido pacífica.
Criado por “espontânea vontade dos comerciantes, e já apresentado em conferência de imprensa, o Movimento, sublinha que “está a lutar por uma zona importantíssima para o turismo” e, ao mesmo tempo, demonstrar que o centro histórico de Viseu é também “um local certo para viver, trabalhar e visitar”.