A Zona Empresarial do Picoto, em Ferreirim, no concelho de Sernancelhe, foi uma das infraestruturas de acolhimento de empresas selecionadas na Região Norte de Portugal para ser visitada pela Comissão Europeia e Programa Operacional do Norte (ON.2), no âmbito de uma ação que englobou ainda todo o corpo técnico do Novo Norte, equipa que analisa e financia as candidaturas comunitárias.
Durante aproximadamente uma hora os elementos da comitiva tiveram oportunidade ainda de conhecer, com detalhe, atividades como a produção de cogumelos, uma empresa de metalomecânica, a prestadora de serviços e manutenção de parques eólicos e a Frusantos, uma referência na recolha, transformação e distribuição de produtos agrícolas no mercado nacional.
A Zona Empresarial de Ferreirim é uma ambição antiga do concelho de Sernancelhe, pelo facto de naquela terra haver um forte sentido empreendedor. Era na agricultura que se acreditava estar a porta para o sucesso económico dos empresários locais, que poderia chegar caso tivessem instalações adequadas e capacidade de armazenamento e preparação dos produtos para o mercado.
Em 20 de março de 2011 foi assinado o contrato e a consignação da obra dos pavilhões. Com um custo total de 1.269.028 Euros, mereceu a comparticipação comunitária em 532.445,17 Euros pelo EIXO II – Valorização Económica dos Recursos Específicos – Ações Integradas de Valorização Territorial.
Contudo, e para que a Zona Empresarial ganhasse as condições ideais ao início da laboração, o Município de Sernancelhe realizou investimentos avultados, que passaram pela compra dos terrenos, cerca de 275 mil euros, o projeto e as infraestruturas (que incluíram arruamentos, passeios, rede de água e de saneamento, colocação de um PT de 30 KV, arborização) que custaram de 760 mil euros; e, em 2008, a obra da variante à Freguesia da Vila da Ponte para Ferreirim trouxe as condições ideais à circulação de pesados e encurtou distâncias do Parque Empresarial à Estrada Nacional. A via orçou (com a compra dos terrenos, elaboração do projeto e construção) cerca de 500 mil euros.
No ano 2012, e mesmo ainda não estando totalmente concluída a construção dos pavilhões do Lote 29, encontravam-se já em laboração empresas na Zona Empresarial. Em 2013 o Município lançou uma campanha de incentivo à captação de empresas, que chegou a conceder apoios de 50 por cento, quer no arrendamento quer na compra dos pavilhões e lotes. Cinco novas empresas, de diversos setores, aderiram de imediato a este desafio. No final de 2013, mais quatro empresas foram para a Zona Empresarial de Ferreirim, encontrando-se todas as frações e lotes vendidas.