Reunidos na cidade do Mondego, os presidentes das câmaras municipais de Coimbra e Viseu, Manuel Machado e Almeida Henriques, decidiram unir esforços para reivindicar do Governo a melhoria da ligação rodoviária entre as duas capitais de distrito, elegendo, no domínio da cooperação, e como a grande prioridade dos executivos que lideram, a reconversão do IP3 em autoestrada.
Num encontro que teve como objectivo “lançar uma nova ponte na cooperação” entre as duas cidades-região em domínios estratégicos do seu desenvolvimento, como a mobilidade, o turismo e a cultura, os dois autarcas concluíram que a melhoria do IP3 é “fundamental” para a coesão da região Centro e “para a mobilidade, em segurança, de mais de meio milhão de pessoas”. E exigem do Governo que, “sem mais adiamentos”, disponibilize a verba necessária para a reconversão desta ligação.
“A deterioração das condições de segurança e conforto do IP3 conduziu a um drama humano de perda irreparável de vidas e a um afastamento das duas cidades-região que constitui um grave prejuízo nacional”, justifica Almeida Henriques.
Manuel Machado insiste que o actual IP3 tem uma sinistralidade elevadíssima e é necessário pôr cobro a esta situação, construindo-se “aquilo que já está mais que estudado, delineado, projectado e debatido. E que está por fazer”. Ou seja, “a ligação Viseu/Coimbra em rede viária adequada, com quatro faixas e com a eliminação dos pontos de sinistralidade, onde está mais do que documentado que é necessário intervir com a máxima urgência”.
Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu, corrobora o homólogo de Coimbra. “É a prioridade das prioridades. O próprio Governo já o reconheceu quando identificou esta como a ligação mais premente do país. Mas diríamos que não éuma ligação que possa esperar pelas calendas”. Para o autarca, a ligação Viseu/Coimbra “é uma obra que urge fazer nem que seja de forma faseada, designadamente através da duplicação do IP3, com separador central, evitando assim que se percam mais vidas neste itinerário”.