Centro de formação da IBM no Politécnico de Viseu

Dezembro 29, 2016 | Economia

Um ensino superior politécnico forte e ao nível do que melhor se faz na Europa, assente em parcerias entre organizações congéneres e empresariais, foi a mensagem deixada em Viseu por Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Sem futuro à vista, fica a pretensão dos Politécnicos numa mudança de estatuto para Universidades de Ciências Aplicadas. O membro do Governo falava na sessão de encerramento da conferência “Que futuro com a IBM Watson? – O Impacto da Inteligência Artificial na Comunidade”. Um evento que procurou debater e refletir sobre os desafios e as oportunidades da nova Era Cognitiva e da transformação digital e o seu impacto nas nossas empresas, no meio académico e na sociedade.

Atingir o nível do que melhor se faz na Europa ao nível politécnico “requer uma capacidade de observação, auto-crítica e de estar sempre a reflectir sobre as melhores formas de evoluir, trabalhar e  educar gerações futuras, sempre com empregos capazes de produzir maior valor social e económico”, defendeu Manuel Heitor.

O ministro defende uma ligação estreita dos estabelecimentos de ensino superior, nomeadamente politécnicos, com o tecido produtivo e económico, através daquilo que designa de “laboratórios colaborativos entre instituições de ensino superior e das suas unidades de investigação e com as empresas em particular”.

O membro do governo considera que só através de parcerias consistentes com o sector empresarial, será possível criar emprego em Portugal. “É emprego que resulta de uma partilha de risco entre sector público e privado, mais uma vez originada para criar os empregos do futuro”, sustentou.

A instalação de um centro de formacão da IBM no Instituto Politécnico de Viseu, inaugurada por Manuel Heitor, é vista pelo Governo como um “exemplo” do que se pretende para o país. Um exemplo de parceria exemplar que deve ser replicado por outras regiões. “Estamos claramente numa instituição de futuro que soube valorizar, formar e atrair instituições empresariais e actores económicos para trabalhar em colaboração”

O Centro de Formação da IBM está a dar formação a quatro dezenas de profissionais que, a partir de Janeiro, irão trabalhar no Centro de Competências da mesma empresa, a funcionar desde há dois meses no Parque Industrial de Coimbrões.

Para a IBM,  “o futuro passa pela computação cognitiva, em que os sistemas não são programados: eles compreendem, raciocinam e aprendem. Ou seja, têm a capacidade de formular hipóteses e dar respostas com um elevado nível de confiança, sendo sistemas que escalam a inteligência, o conhecimento e a experiência humana, em vez dos que tentam apenas replicá-los. Poderemos chamar-lhe inteligência artificial, mas a IBM prefere falar de ‘inteligência aumentada’ e tem no IBM Watson o expoente máximo desta nova Era Cognitiva”, como comentou António Raposo de Lima, Presidente da IBM Portugal.

“O novo centro de inovação da IBM/Softinsa em Viseu é um exemplo eloquente de um triângulo virtuoso que junta uma empresa tecnológica de referência, uma âncora de investigação e formação e um território que é um farol no Interior. Este centro será um fator de inteligência, emprego e riqueza em Viseu, cidade e região, em áreas de grande futuro, como as soluções de Cloud e de Smart Cities. Viseu conquistou um selo poderoso na sua atratividade”, referiu o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques.

“A inauguração da unidade da Softinsa/IBM no Campus do Instituto Politécnico de Viseu assinala um momento muito importante para a comunidade académica do IPV. Como será naturalmente para a IBM, pelo facto de ter acesso ao sistema científico do Instituto e à possibilidade de recrutamento de recursos humanos qualificados por nós formados, e certamente também para o município de Viseu, que vê reconhecida a atratividade do seu concelho numa cidade conhecida pela sua qualidade de vida”, reforçou também o Presidente do Instituto Politécnico, Fernando Sebastião.

 

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