Castanha de Sernancelhe: Escoamento é a melhor certificação

Novembro 10, 2013 | Economia

Carlos Silva Santiago, o novo presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, não tem dúvidas que a melhor certificação que pode ser atribuída à castanha produzida neste concelho, nomeadamente à variedade martainha – justamente considerada como a «rainha da castanha» – , é o seu “rápido escoamento nos mercados, quer nacionais quer internacionais”.  No decorrer de mais uma edição da Festa da Castanha, que voltou a atrair milhares de visitantes ao Exposalão, o mais jovem dos presidentes de câmara do distrito, na linha do seu antecessor, José Mário Cardoso, preferiu “valorizar e homenagear o trabalho dos produtores” que têm tornado possível a realização de um certame que ao longo dos anos tem conquistado e reforçado o estatuto de «imagem de marca» de Sernancelhe.

“Não precisamos de certificação para termos um produto de qualidade reconhecida. Sobretudo quando esse produto, neste caso a castanha de Sernancelhe, continua a ser absorvido, a um ritmo cada vez mais acentuado, pelos mercados interno e externo”, assegura Carlos Silva Santiago, que aponta o exemplo da «martainha», uma variedade que “desaparece de casa dos produtores em pouco mais de 15 dias”.

Enquanto o processo de certificação da castanha de Sernancelhe continua, “incompreensivelmente”, em «banho maria» – uma situação ditada pelo facto da entidade certificadora estar localizada no centro do país -, o presidente da Câmara Municipal sublinha que as perspectivas apontam, num “futuro próximo”, para um aumento da produção e para a contínua melhoria da qualidade do produto.

Nesse contexto, o autarca sublinha a mais-valia que constitui o protocolo em devido tempo celebrado com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), através do qual a Autarquia pretende estimular novas plantações e o tratamento dos terrenos com fertilizantes adequados, entre outras medidas. “Dentro de quatro a cinco anos, vamos ter respostas muito positivas nesta matéria”, assegura Carlos Silva.

Num concelho que integra a Denominação de Origem Protegida Soutos da Lapa, e que produz anualmente 800 toneladas de castanha, grande parte dela exportada para países como o Brasil, EUA, Canadá, Inglaterra, França e Espanha, a realização de mais uma edição da Festa da castanha atraiu a Sernancelhe gente de todas as paragens, não só para visitar a feira, mas também para participar em eventos desportivos como o Passeio Pedestre, o Passeio de BTT e a palestra técnica sobre os soutos. Isto num ano em que a qualidade da castanha comercializada, a três euros o quilo, superou as expectativas de produtores e visitantes.

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