Antiga Adega vira Centro Tecnológico em Tondela

Julho 12, 2020 | Economia

A Câmara Municipal de Tondela está a transformar o antigo edifício da Federação dos Vinicultores do Dão, junto ao rio Dinha, num equipamento voltado para o futuro: o Centro Tecnológico e de Empreendedorismo de Tondela. E que é assumido pela Autarquia, como “um novo modelo de estímulo à inovação e criatividade, no apoio à internacionalização, à promoção do networking, à criação e fortalecimento de parcerias e ao estímulo e actuação conjunta e concertada, em particular com o tecido universitário e a matriz empresarial local.

O investimento ultrapassa os 2,5 milhões de euros, a que acrescem 250 mil euros na aquisição do edifício, sendo 1,8 milhões de euros comparticipados pelo FEDER. Esta obra visa a reabilitação do antigo armazém vitivinícola da Federação dos Vinicultores do Dão, bem como a regeneração do espaço exterior envolvente. Para além do edifício principal, onde funcionará o Centro Tecnológico e de Empreendedorismo, a empreitada contempla ainda a reabilitação do edifício de apoio, que albergará uma cafetaria; do antigo alambique; e ainda unidades de apoio e alojamento que aproveitarão as cubas exteriores; bem como a recepção e os necessários arranjos exteriores.

O Centro Tecnológico e de Empreendedorismo de Tondela começou a ser construído há um mês, deve abrir no próximo verão e, entre os parceiros pretendidos, a Universidade de Coimbra já está confirmada, disse aos jornalistas do presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António Jesus, na visita que promoveu aos trabalhos em curso.

O autarca não descarta a hipótese da empresa (a Embeiral) antecipar o prazo de 18 meses na conclusão da obra, tornando assim possível que no próximo verão “quer esta obra, quer a frente ribeirinha (com a abertura de propostas já em curso), estejam concluídas”, sintetizou José António Jesus.

“Se adicionarmos aos 2,5 milhões de euros que estamos a investir no Centro Tecnológico, o projecto da frente ribeirinha, estimamos que este conjunto tenha um valor de investimento de quatro milhões”, conclui José António Jesus, para quem os espaços a reabilitar terão ligação pedonal, ao centro da cidade e ao Parque Urbano, através de um corredor de mobilidade suave e de sustentabilidade”.

Os três pisos do antigo armazém da Federação dos Viticultores do Dão que está a ser intervencionado totalizam 2.100 metros de área de acolhimento a projetos embrionários, de microempresas e, consequentemente, também uma área funcional ligada à formação”.

O primeiro piso é destinado ao trabalho colaborativo em espaços abertos e de grupo, “o que permitirá desencadear a existência de vários postos de trabalho”, enquanto o segundo piso será introduzida uma solução em que a generalidade das cubas existentes “passarão a ser gabinetes de trabalho de microempresas ou de áreas adequadas a formação. Já o terceiro piso funcionará mais como um espaço vocacionado para áreas de reuniões e de «coworking».

A parceria e o envolvimento da Universidade de Coimbra neste projecto (esteve representada na visita às obras pelo vice-reitor Luís Neves) irá permitir, segundo José António Jesus, colocar no terreno um plano de cooperação e de articulação com o tecido universitário, “onde a formação, principalmente nas áreas empresariais onde somos mais relevantes, possa ocorrer em contexto local ligado a este centro tecnológico”, explicou o autarca. Nomeadamente o sector automóvel, a biotecnologia, transformação agroalimentar e farmacêutica.

“Há sinergias e interesses comuns. Interessa à universidade ter onde investigar e com quem investigar, e interessa às empresas ter capacidade de estratégia, de visão e de formação contínua ao longo da vida, porque temos de nos preparar para os desafios recentes e da inovação”, concluiu José António Jesus.

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