O reconhecimento da importância da agricultura para a região de Viseu – tema de um seminário realizado nesta cidade no âmbito do programa oficial da Feira de S. Mateus –, traduzido no aparecimento de 1.500 novos agricultores nesta região, vai levar a Expovis a incluir no calendário de realizações de 2014 uma feira especificamente dedicada ao sector. “Estamos a tomar balanço para que no próximo ano, em articulação com vários parceiros, a Agrobeira seja uma realidade em Viseu. Temos espaço, condições, logística, e vontade para levar a cabo uma grande feira que mostre a qualidade e diversidade dos produtos endógenos de toda a Beira Alta” avança o director executivo da Expovis, José Moreira, para concluir que “Viseu terá a sua feira de agricultura”.
Lançada em Viseu no início da década de 90, o regresso (ciclicamente anunciado e sucessivamente adiado) da «Agrobeira» a Viseu, dominou a sessão de abertura do Seminário subordinado ao tema «A importância da agricultura para a região de Viseu», dinamizado pela Expovis que, enquanto empresa vocacionada para a promoção de eventos, justifica a necessidade de organização de um certame com aquelas características adaptada às exigências dos novos tempos, que “apontam agora para uma revolução verde ao nível da agricultura”.
No debate, que contou com a presença de responsáveis pela DRAPC – Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Centro, da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, e Escola Superior Agrária de Viseu, entre outras organizações do sector, o ex-secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques, que moderou o painel «Perspectivas da nova reforma da PAC 2014-2020», sublinhou que a região beneficiou ao longo dos últimos anos de 20 milhões de euros de apoios comunitários, para um total de 254 intervenções.
O ex-governante destacou, neste contexto, o importante papel desempenhado pelas associações vocacionadas para a orientação e apoio a projectos de desenvolvimento local, como a ADDLAP, ADD e ADICES, alertando ainda os presentes para a necessidade de uma “preparação atempada” dos projectos a afectar ao Quadro de Apoio que irá vigorar entre 2014 e 2020.
João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, depois de salientar, na sessão de abertura, o bom aproveitamento dos apoios no âmbito do PRODER que, quase no final da sua vigência “nunca atingiram uma tão grande execução, o que constitui um facto inédito, informou ainda que dos 4,3 mil milhões de euros disponíveis para apoiar o
investimento agrícola, Portugal tem já comprometidos 3,9 mil milhões.