A Adega Cooperativa de Mangualde (ACM) encerrou ontem, com uma sessão solene seguida de jantar convívio, as comemorações do 50.º aniversário, culminando assim três dias de intensa actividade nas suas instalações, com destaque para a homenagem aos quatro grandes impulsionadores da qualidade do seu trabalho: “– a comunidade, os sócios, as tradições, e a equipa de colaboradores desta cooperativa”, reconhece o presidente da direcção, António Mendes.
“Foram 50 anos de dedicação e trabalho conjunto, voltado para a preservação das tradições e particularidades que caracterizam o vinho e a cultura da região do Dão, e que conduziram a Adega de Mangualde, e os seus vinhos, ao título de produtor mais premiado no ano do seu quinquagésimo aniversário”, congratula-se António Mendes, para quem os processos de produção do vinho têm evoluído de forma sustentável e com vista ao aprimoramento da sua qualidade”.
No sábado, dia 30 de Novembro, a ACM celebrou a efeméride ao som do grupo “As Tricanas de Tibaldinho” e da “Alcatuna” de Alcafache. No primeiro dia de Dezembro, além das actuações dos grupos “Viriathum Cantantes” e “Musicando”, foi servido um Dão de Honra e celebrada uma missa de homenagem aos sócios falecidos.
A Adega Cooperativa de Mangualde S.C.R.L. foi constituída em 4 de Dezembro de 1963. Em 1972 tinha sede própria e laborava pela primeira vez, aproximadamente, meio milhão de quilos de uvas dos seus associados. Sem recursos a apoios estatais, foram os cooperantes a origem de todo o capital investido.
No princípio da década de noventa deu-se início a todo um processo de transformação e evolução da Adega. Pela primeira vez recorreu a fundos estatais e comunitários, construindo-se um centro de vinificação e estabilização para vinhos tintos. Em 1993 foi admitido pessoal qualificado para as áreas de enologia e gestão e equipou-se o laboratório com material sofisticado para a época.
No ano de 1994 iniciou-se o engarrafamento de alguns dos vinhos na UDACA (União das Adegas Cooperativas do Dão) e, em 1995, com o aumento registado nas vendas dos vinhos engarrafados, e sem qualquer apoio financeiro, a ACM decidiu investir numa linha de engarrafamento.