Teatro Viriato garante financiamento para os próximos quatro anos

Abril 10, 2013 | Cultura

Está assegurado, por parte da Direcção-Geral das Artes e da Câmara Municipal de Viseu, o financiamento do Teatro Viriato ao longo dos próximos quatro anos, revelou Paulo Ribeiro na apresentação do programa para os meses de Abril a Julho. A esta “boa notícia”, o director-geral do equipamento acrescentou uma outra: o «regresso» do «Viseu A», um projecto idealizado em 2007 para animar o centro histórico, mas que nunca chegou a concretizar-se por falta de verbas.

Com o financiamento do QREN, finalmente aprovado no âmbito de uma candidatura apresentada pela Comunidade Intermunicipal Dão Lafões, é possível agora concretizar algo (o «Viseu A») com que sempre sonhámos e que vai ao encontro de uma política de extroversão que nos levará a habitar, de forma forte e original, o centro histórico da cidade”, congratula-se Paulo Ribeiro. O objectivo é criar novas dinâmicas numa zona urbana que, a exemplo de outras, “estão um pouco abandonadas e deitadas à marginalidade”.

“Esta é a minha cidade e eu quero viver nela”, um projecto de Joana Craveiro/Teatro do Vesti­do, é a iniciativa que marca este ano, a partir da meia-noite de 1 de Junho, o arranque da festa do «Viseu A», a convidar o público, ao lado de artistas locais, a redescobrir a cidade a partir do Teatro, percorrendo vários palcos instalados na zona histórica. Para 2014, e tendo em conta que a planificação será feita de forma mais atempada, a actividade será também mais intensa e diversificada.

Em relação à programação regular, Paulo Ribeiro fala de um “quadrimestre atípico” que, à semelhança dos anos anteriores, será “marcado por um equilíbrio fortíssimo entre o que é emergência e confirmação de artistas”, e pela passagem para o exterior de meios que darão uma nova dinâmica à cidade”.

A estreia de um projecto com a comunidade, Heaven (título provisório) orientado pelo coreógrafo An­dré Mesquita e que nasce a partir de Viseu, enquanto laboratório criativo, e a festa do Viseu a 01 do 06, cuja programação integral será divulgada em breve, são apenas alguns dos acontecimentos de um quadrimestre marcado pelos regressos do Teatro Meridional, do Teatro do Vestido, de Olga Roriz de Henrique Rodovalho e de Tom Zé.

A par da programação regular, o Teatro Viriato aposta em parcerias artísticas nacionais e internacio­nais, com ênfase na promoção de coproduções, como acontece em Wilde e Esta cidade é minha e eu quero vi­ver nela. Paralelamente, destaque ainda para a intensificação do acolhimento de residências artísticas e do apoio aos Artistas Associados, convidando Ana Bento (música) para se juntar a Graeme Pulleyn, Rafaela Santos, Romulus Neagu, Sónia Barbosa e Fernando Giestas.

No âmbito da estratégia de extroversão do Teatro Viriato, acaba também de ser lançado o novo número da Boa União – Revista de Artes e Cultura do Teatro Viriato que reflete sobre a circulação dos artistas e sobre o mapa das estruturas culturais do país, a sua sustentação e orientação programática estratégica, com vista à sua sobrevivência e afirmação inequívoca no territórioAo contrário dos números anteriores, esta edição será disponibilizada apenas em formato digital, no sítio oficial de internet do Teatro Viriato (http://www.teatroviriato.com/pt/menu/teatro-viriato/revista-boa-uniao/). À semelhança da própria temática, que está longe de se esgotar, pretende-se que este número da Boa União seja um espaço ativo, que possa crescer no futuro com novas contribuições.

 

 

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