O coreógrafo Paulo Ribeiro regressa ao palco a 23 de novembro para dançar «Sem um tu não pode haver um eu», o seu primeiro solo desde 1993. Coproduzido pelo Teatro Viriato, onde terá a sua estreia absoluta, o espetáculo parte do universo do realizador sueco Ingmar Bergman para desenhar um mapa afetivo onde há mais entrega que posse.
Em «Sem um tu não pode haver um eu» a dança é a de um coração em carne viva. Um eu que quer conjugar a segunda pessoa do singular, como quem diz “sou tu, também tu” mais do que “sou teu”. Um corpo, que de tão vivo, joga xadrez com a morte.
«Sem um tu não pode haver um eu» começa sob a luz de Lanterna Mágica, a autobiografia de Ingmar Bergman, cineasta que inspirou, este solo criado e interpretado por Paulo Ribeiro. “Bergman cruza-se comigo num momento em que considero que temos de nos debruçar sobre a nossa felicidade, tenha ela os contornos que tiver. Apesar de nos tentarem abafar com números e realidades que não são as nossas, a condição humana tem de vingar”, aponta o coreógrafo Paulo Ribeiro, que regressa agora ao palco depois do espetáculo JIM.