Museu Keil do Amaral antes do fim do ano no centro histórico de Viseu

Fevereiro 18, 2020 | Cultura

A Câmara Municipal de Viseu aguarda apenas pela conclusão da obra de reconstrução da Casa da Calçada, em pleno centro histórico, para ali começar a instalar um Museu dedicado à Família Keil do Amaral. Será o oitavo a integrar a rede de Museus Municipais, e cumpre uma promessa do anterior presidente do executivo, Fernando Ruas, que o actual, Almeida Henriques, diz “ter sido bem acolhida, porque é uma boa herança”.

“Será um museu de família. Que percorre dois séculos, quase três, numa viagem biográfica entre um conjunto de artistas da família Keil do Amaral, entre os séculos XVIII e XXI, e que vai desde Alfredo Keil, o autor do hino «A Portuguesa» até à bailarina internacional, Leonor Keil”, explica o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Jorge Sobrado.

Para além de algum espólio, o Museu acolherá ainda trabalhos e memórias de várias gerações de artistas que se revelaram na família Keil do Amaral, desde pintores, escultores, músicos, arquitectos, bailarinos e coreógrafos. “Uma família muito importante das artes portuguesas, contemporânea e moderna”, acrescenta o vereador.

Jorge Sobrado adianta ainda que o Museu, “ao mesmo tempo que é uma viagem pela história da família Keil do Amaral, é também um testemunho da própria história da arte em Portugal, até porque muitos elementos desta família foram vanguardistas na história da arte portuguesa”, conclui.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu não antecipa ainda a data da inauguração do Museu, mas não esconde que gostaria que acontecesse no Dia Internacional dos Museus, que se assinala a 18 de Maio. “Se não for neste dia, ou mesmo no feriado municipal (21 de Setembro) será ao longo deste ano, com toda a certeza, que abriremos na casa da Calçada o Museu Keil do Amaral”, garante Almeida Henriques.

 

CINEMA E FOTOGRAFIA ENTRAM NA REDE

Com a abertura do Museu dedicado à família Keil do Amaral, serão oito os espaços museológicos a integrar a rede municipal. Quatro localizados na área urbana e três em freguesias rurais do concelho de Viseu. Todos eles «convocados» para focalizarem a programação deste ano no Cinema e na Fotografia. Acompanhando, desta forma, as múltiplas acções e eventos que marcarão 2020 como o Ano do Cinema e da Fotografia em Viseu.

O programa dos Museus Municipais para 2020, foi apresentado no Museu do Linho, em Várzea de Calde, onde o presidente da Câmara Municipal de Viseu assinou com o presidente da junta de freguesia, um protocolo de financiamento de 81.400 euros para os próximos dois, para a gestão diária do Albergue do Almargem.

Na programação dos Museus Municipais para 2020, Jorge Sobrado antecipa para a Rede um novo recorde de visitantes: 50.000. E sintetiza o que de mais importante vai ocorrer ao longo do ano.

“Pedro Cabrita Reis «instala» luz elétrica na Quinta da Cruz. Fundação ALTICE descentraliza grandes nomes da fotografia até ao Centro de Arte Contemporânea. Museu de História da Cidade lança «arquivo fotográfico comunitário». Polo Arqueológico digitaliza-se e joga. Almeida Moreira é o 1.º Marketeer. Na sua casa, a Beira Ilustre apresenta-se. Museu do Quartzo quer ver os minerais e, agora, as estrelas. «EntreMuseus» é o novo serviço de mediação com escolas e não só. Museu Keil do Amaral vence os fantasmas e abre as suas portas na Casa da Calçada. Inventário avança em todas as oito casas. Em 2020, os Museus Municipais «eletrizam-se» e renovam propostas de exposição, criação, aquisições e serviço educativo – e respondem ao repto da iniciativa «Viseu 2020, Luz, Câmara, Ação”.

Ao todo, são 24 novas exposições, com destaque para a de Samuel Almeida, sobre o escritor Aquilino Ribeiro; novos serviços, entre os quais o de Mediação Cultural «EntreMuseus», inventário de acervos museológicos, que passarão a estar informatizados, garantindo assim um controlo sobre o património municipal. projectos de ciência e novos horários; para além de outras actividades.

 

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