Jardins Efémeros transformam Viseu na capital criativa do país

Julho 3, 2015 | Cultura

«A Luz da Cidade», é o tema e a inspiração para a quinta edição do festival de artes «Jardins Efémeros» que decorre em Viseu de 3 a 12 de Julho. “Uma Luz produtora de momentos únicos, uma Luz que celebra a cidade e a comunidade”, concretiza a produtora do evento. Sandra Oliveira destaca a instalação de um grande jardim na Praça D. Duarte, “este ano a lembrar os grandes espaços barrocos que adornavam os palácios reais”.

Num festival de artes assumidamente urbano, contemporâneo e experimental, a organização dos «Jardins Efémeros» releva a presença em Viseu de artistas internacionais, “com concertos únicos que só poderão ser vistos nesta cidade”. São os casos do pianista ucraniano Lubomyr Melnyk, considerado o mais rápido do Mundo, que actuará na Sé Catedral; da produtora Holly Herndon, nos claustros; e de Puce Mary, Quiltland, Caterina Barbieri e Eli Gras no Museu Nacional Grão Vasco. Espaço onde haverá ainda para descobrir as composições de HOMO, Jonathan Saldanha e a criação única «Cidade Museu».

Com este programa, “cativante e promissor e com expectativas muito elevadas, Viseu será em Julho a capital criativa do país e a cidade com maior número de criações originais”, garantiu o presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques. Na apresentação do evento, o autarca revelou um apoio de última hora, no montante de 20 mil euros, disponibilizado pela Galp Energia, e no qual se empenhou “pessoalmente e como cidadão”, depois de justificar o apoio de 125 mil euros atribuído pela Autarquia à organização dos «Jardins Efémeros». “Quase um terço dos apoios municipais a iniciativas culturais”, concluiu.

O autarca sublinhou ainda o facto da designação dada ao festival de artes fazer jus ao título histórico «Viseu Cidade Jardim» que em 2016 assinala 80 anos, atribuído pelo Capitão Almeida Moreira.

 

PARA TODOS OS PÚBLICOS E IDADES

Este ano com uma programação pensada também para os mais novos, crianças e jovens, que terão à sua disposição, na «Casa do Sonho», uma biblioteca e ludoteca construída pela comunidade viseense no n.º 94 da Rua do Comércio, um dos mais belos edifícios do centro histórico. Neste espaço estarão todos os livros e jogos infantis recolhidos pelos comerciantes e oferecidos pelas gentes de Viseu, assim como o trabalho de investigadores, cientistas, universidades e criadores do programa, aplicado a 43 actividades com mais de 1.500 vagas, em oficinas especialmente preparadas para as crianças.

De autoria de Pedro Tudela, pelo palco construído especialmente para os Jardins Efémeros no Adro da Sé, vão passar nomes como Pye Corner & Not Waving, TochaPestana, Tó Trips, Gala Drop, HHY & The Macumbas, e Trans-Aeolion Transmission.

A banda portuguesa «Bizarra Locomotiva» vai inaugurar o «Fojo», um espaço criado na antiga garagem da Renault, junto ao Largo de Santa Cristina, que irá acolher agora uma programação da responsabilidade da Associação viseense «Fora de Rebanho». Outros e novos projectos musicais podem ser descobertos no «Jardim Errante», um palco sobre quatro rodas.

Na Casa do Miradouro, a arquitectura, as sombras e a terra fazem uma das peças construídas especialmente para este edição dos «Jardins Efémeros», numa programação que inclui ainda a exposição «moderno & medieval camuflado», com curadoria de Miguel von Hafe Pérez e obras de Pedro Cabrita Reis, Mário Cesariny e Álvaro Lapa, entre outros, para além da participação especial de Eduardo Souto Moura.

Da Alemanha chega uma peça em aço inoxidável e aludibond cromado, da autoria de Anita Ackermann, que celebra a luz.

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