Viseu será o primeiro palco do país a receber a companhia canadiana Cirque Alfonse, que irá apresentar no Teatro Viriato, de 14 a 16 de Novembro, um “espectáculo fantástico” de novo circo que “não pode passar ao lado da cidade”: «Timber». A estreia marca o arranque, nesta vertente artística, de uma parceria com o Teatro Nacional de S. João e com o São Luiz, que acolherão o mesmo espectáculo de 21 a 22, e de 28 a 30 de Novembro, respectivamente.
Com esta parceria, damos o primeiro passo de um projecto maior que será o Circus Lab, um dos vencedores do programa internacional «Pegada Cultural – Artes e Educação», vocacionado para o novo circo e que avançará no próximo ano”, reconhece o director de programação do Teatro Viriato, Paulo Ribeiro, para quem o novo circo “é ainda uma área pouco desenvolvida em Portugal, apesar de não faltar público”.
Em «Timber», o odor a pinheiro acabado de cortar funde-se com a banda sonora folk tradicional e com os invulgares aparatos acrobáticos. O espectáculo é inspirado nas façanhas dos primeiros lenhadores e madeireiros norte-americanos e no mundo de silvicultura da pequena quinta da família.
Com uma programação de teatro “riquíssima” em que “não há grandes destaques, a não ser que tudo é um destaque”, a nova temporada (Setembro a Dezembro) no Teatro Viriato abre com a estreia de Gata em Telhado de Zinco Quente (19 e 20 de setembro), uma produção dos Artistas Unidos – que viaja ate ao trágico sul de Tennessee Williams -, imortalizada pelo cinema de Hollywood, e recuperada pelo encenador Jorge Silva Melo.
Ainda no teatro, com dramaturgia e encenação de Simão do Vale, «Gertrude» sobe ao palco a 11 de Outubro, seguindo-se, a 29 de Novembro, a história trágica de «Yerma», uma adaptação do poema de Frederico Garcia Lorca pelo encenador João Garcia Miguel.
Na dança, a programação está mais concentrada no ciclo «New Age, New Time» que, pelo terceiro ano consecutivo, aposta na sensibilização de públicos para a dança contemporânea.
Artista residente do Teatro Viriato em 2014, André Mesquita apresenta um novo trabalho desenvolvido com a comunidade. Em Nós – Isto é o meu corpo (26 e 27 de setembro), o coreógrafo e 17 participantes tentaram pensar, ao longo de um processo criativo de cerca de dois meses, num conjunto de possibilidades sobre o nós e sobre a sociedade.
De 20 de Outubro a 7 de Dezembro, Henrique Amoedo, director do grupo «Dançando com a Diferença» desenvolve em Viseu um trabalho de sensibilização para a inclusão através da dança, em articulação com várias instituições da região.
«Tempo», um concerto da antiga bailarina da Fundação Calouste Gulbenkian, Adriana Queiroz (1 de Novembro), e a presença no Teatro Viriato da Orquestra de Jazz de Matosinhos (19 de Dezembro) com o Trio Azul do Músico Carlos Bica, são alguns dos destaques na área da música na programação para os próximos quatro meses.
De 19 de setembro a 19 de dezembro, para ver no Foyer do Teatro Viriato a exposição Léxico Dançante, que reúne imagens da segunda edição da mostra New Age, New Time, da autoria do fotógrafo José Alfredo.