O projeto de regeneração urbana Viver Lamego que a Câmara Municipal de Lamego está a desenvolver desde 2008 para, entre outros objetivos, inverter a desertificação populacional do bairro do Castelo e aumentar a sua atratividade turística, caminha a passos largos para a sua conclusão. No âmbito desta intervenção, foi reposto junto à Porta dos Figos o antigo oratório, construído em madeira, agora completamente renovado. Este elemento arquitetónico funcionará como biblioteca do Centro de Acolhimento de Artistas que em breve começará a receber técnicos que desenvolvem trabalhos de investigação nas áreas do património cultural, artístico e arquitetónico da região.
Orçado em 10 milhões de euros e comparticipado pelo QREN, o projeto Viver Lamego integra trabalhos já executados na rua da Olaria, Encostinha e Largo da Feira. Também estão em curso neste momento as obras de regeneração urbana no chamado Eixo Barroco que integra as avenidas Dr. Alfredo de Sousa, Visconde Guedes Teixeira e Infantaria 9, num investimento superior a 2,5 milhões de euros.
Depois da valorização do espaço público, através da requalificação de todas as ruas e travessas, a antiga Cisterna de Lamego também reabriu como centro de exposições, para além de estarem em fase final de execução outras intervenções que vão potenciar a componente turística e comercial do bairro e alavancar o fator de modernidade no âmbito do Viver Lamego, nomeadamente a constituição do Centro Interpretativo da História da Cidade, composto por três polos: a Casa dos Bordalos, o Centro de Artesanato, das Artes e dos Ofícios Tradicionais, que integrará a Rede de Judiarias, e o Castelo de Lamego. Este monumento terá a missão de valorizar os achados arqueológicos descobertos recentemente e que ilustram a ocupação pré-romana do bairro. O projeto de musealização perpetuará a vivência antiga de uma cidade com cerca de 3000 anos de história. Na torre de menagem foi criado um miradouro virtual para a cidade e a muralha exterior vai dispor das condições adequadas à livre circulação de pessoas.