Situada na Lajeosa do Dão a Anta da Arquinha da Moira é um exemplar da cultura megalítica classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002. Com seis mil anos de história é, pela sua importância e representatividade, considerado Património Universal. Este túmulo funerário é sempre alvo de grande interesse para investigadores nacionais e internacionais.
Na última visita, Luís Filipe Gomes, sócio–gerente da Arqueohoje, levou ao local dois professores catedráticos da Universidade de Alcalà de Henares – Madrid: Primitiva Bueno Ramirez, professora de Pré-história, e o professor Emérito Rodrigo de Balbín Behrmann. Ambos Realçaram o bom estado de conservação do monumento bem como da limpeza cuidada da sua envolvência. No seu interior mostraram-se maravilhados, com as pinturas existentes tanto na sua forma como na revelação da sua técnica, com o registo visível das camadas de preparação da pedra e pastas pigmentadas, destacando a incontestável importância deste monumento. “Mui precioso” foi a frase mais ouvida durante toda a visita.
Apesar da passagem dos seis milénios, este soberbo monumento, testemunho de mensagens espirituais, preserva ainda hoje a imagem, o volume, a majestade e o misticismo de outrora.
No seguimento da visita os dois professores deslocaram-se ao Museu Terras de Besteiros para conhecer o vasto espólio exumado da Anta e mais um pouco das Terras de Besteiros.
A visita à Anta da Arquinha da Moira, uma joia especial e única do património concelhio de Tondela,representa sempre “uma viagem que nos leva a um tempo longínquo, no qual compreendemos como era importante para as populações do neolítico a religião e a crença na vida após a morte.
Fonte: Museu Terras de Besteiros