Está a decorrer, até 15 de setembro, mais uma edição, a 627, da Feira de São Mateus, que regressa a Viseu para 39 dias de experiências únicas e muitas novidades. “É a melhor feira popular e histórica da Pensínsula Ibérica”, assume o gestor da Viseu Marca, Jorge Sobrado. A fasquia continua nos 1,2 milhões de visitantes, num ano em que não faltam razões acrescidas para atrair novos públicos, nacionais e estrangeiros.
Entre as principais novidades para 2019, a guardiã das feiras populares do país apresenta um espaço renovado nas esplanadas das farturas da Feira; 90 novos stands para os seus expositores; o primeiro casamento dos “Noivos de São Mateus”; dois grandes passos na sustentabilidade ambiental do evento com a eliminação de 100 mil palhinhas e 100 mil pratos e talheres de plástico; uma roda “mega” gigante; e uma edição “vestida a rigor de gastronomia”.
Para além de passar a integrar um dia dedicado à comunidade brasileira na região. Viseu como Destino Nacional de Gastronomia em 2019 merece também uma celebração especial na Feira de São Mateus.
Os pórticos de luz das quatro entradas do recinto terão motivos alusivos a ícones da gastronomia da região e os visitantes poderão saborear a primeira sobremesa oficial da feira, criada pelo chef Diogo Rocha, que junta os sabores das tílias do Rossio, das avelãs de Viseu e da maçã Bravo-de-Esmolfe.
“A Feira de São Mateus vive um momento especialmente importante da sua revitalização e modernização, que a edição de 2019 confirma”, faz questão de sublinhar o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, que aponta, entre outras obras, a requalificação da Rua Padre Costa, a “tornar mais nobre” aquela entrada no recinto.
Em jeito de convite a uma “experiência inesquecível”, e à redescoberta da identidade de Viseu e com ela muita da identidade do país, da cultura e das tradições nacionais, o também vereador da Cultura e Turismo na Câmara Municipal de Viseu, Jorge Sobrado, apresenta a edição deste ano não apenas como “um imenso baú de
recordações, mas também inovações, que respira Viseu por todos os poros e culturalmente vibrante”.
Entre as dez novidades estruturantes ao nível do recinto, do equipamento e da iluminação “totalmente original”, o gestor da Viseu Marca fala de uma programação que não preserva apenas memórias do passado, mas que cria também “memórias futuras, como é o caso dos «Noivos de São Mateus».
Mas é em matéria de segurança, com um investimento de 250 mil euros, e numa edição “marcada pelo reforço da segurança e da comodidade”, que a Feira de São Mateus apresenta “uma das mais importantes inovações”: a estreia de um sistema de vidoevigilância, ditado pelo aumento crescente do número de visitantes. O sistema vai incidir, sobretudo nas portas, nas áreas dos lixos, nas zonas de patrocinadores e na área de armazenamento.
Ao sistema de videovigilância junta-se o serviço prestado pela PSP e por uma empresa de segurança privada. O presidente da Câmara Municipal de Viseu anunciou a criação de um grupo de trabalho especializado, coordenado pelo 2.º Comandante dos Sapadores de Viseu, Rui Nogueira, que vai fazer “uma avaliação prévia e indicará as principais medidas de segurança a tomar em eventos de grande dimensão como é o caso da Feira de São Mateus”.
O grupo vai actuar sempre em articulação com a PSP e a GNR, nos casos que ocorram dentro ou fora da área urbana e “reflecte a aposta muito forte que o Município tem vindo a fazer na área da Protecção Civil”, sublinha Almeida Henriques.
Com um orçamento de mais de 2 milhões de euros, a Feira de São Mateus “continua autosustentável”, gerando ainda, segundo o autarca, receitas que financiam outros eventos no concelho, como são os casos dos Tons de Primavera, Festa das Vindimas, e dos Vinhos de Inverno.