O Clube Desportivo de Tondela já tem luz verde para avançar com a construção do centro de estágio de Nandufe. Um despacho do Diário da República reconhece o empreendimento “com relevante interesse geral”, tal como o tinha considerado já o presidente do Clube, Gilberto Coimbra.
O Centro de Estágio vai ser construído depois de eliminadas as proibições decorrentes do elevado número de incêndios que deflagraram em terrenos com povoamentos florestais” confinantes. “O incêndio de outubro de 2017, que atingiu áreas com povoamento florestal para onde se prevê a construção do equipamento desportivo”, conforme declaração emitida pela Guarda Nacional Republicana do Comando Territorial de Viseu, ficou a dever-se a “causas a que o Clube Desportivo de Tondela é alheio”, lê-se no despacho assinado pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.
O empreendimento, segundo o mesmo despacho, “potencia a formação desportiva, a prática do desporto e consequentemente o combate ao sedentarismo, promovendo o bem-estar e a saúde pública e terá reflexos económicos e sociais na economia local”.
A construção do centro de estágio de Nandufe, vem concretizar um sonho há muito acalentado por Gilberto Coimbra. Na assembleia geral do Clube, em junho de 2019, tinha manifestado vontade de arrancar com as obras do centro de estágio ainda nesse ano, para “concretizar um sonho” e cumprir com o compromisso assumido com o grupo espanhol Hope que, em novembro de 2019, tinha 80% das acções do clube.
Na altura, Gilberto Coimbra explicou que dos seis milhões da compra de acções, “três só serão entregues quando estiverem concluídas as obras da cidade desportiva” e, até à data, já entregou 2,4 milhões de euros e o clube já gastou 370 mil euros na aquisição do terreno” para a construção do complexo desportivo.
“Comprámos 10 hectares, 100 mil metros de terreno, na quinta de Nandufe, onde vai ser construído o tal centro desportivo de formação, que terá todas as condições, com vários campos, para que todas as nossas equipas do futebol possam treinar, porque custava imenso ver três ou quatro equipas a treinar num só campo, à mesma hora”, esclareceu aos sócios.