A Câmara Municipal de Penalva do Castelo quer ver mais jovens a dedicarem-se à produção do Queijo Serra da Estrela que, a par da Maçã Bravo de Esmolfe e do Vinho Dão de Penalva, faz parte da trilogia de excelência de produtos endógenos deste território. Todos eles, garante o presidente da Autarquia, Francisco Carvalho, “com potencialidades para alavancar o desenvolvimento do território através de uma aposta no sector do enoturismo”.
Na sessão de abertura da 28ª Feira Festa do Pastor e do Queijo, que decorreu durante dois dias na Praça Magalhães Coutinho, o autarca aproveitou a presença da ministra da Agricultura para sublinhar que a Câmara de Penalva continua determinada e a apostar fortemente no fabrico do Queijo Serra da Estrela.
Francisco Carvalho deu como exemplo a aprovação, nesse mesmo dia, de um Regulamento que tem como objectivo promover mais ainda a produção de leite e de queijos Serra da Estrela provenientes das raças Bordaleira e da Churra Mondegueira. Duas espécies, sublinhou, que serão “fortemente subsidiadas com vista ao seu incremento no concelho”.
Para além da aprovação do Regulamento, a Câmara Municipal de Penalva do Castelo Castelo vai também apoiar os jovens produtores que queiram iniciar esta actividade atribuindo-lhes um subsídio de cinco mil euros.
“Hoje, ser pastor, representa um trabalho árduo, 365 dias por ano, dia e noite. Por isso, este certame é também uma homenagem aos homens e mulheres que continuam a dar vida e prosperidade a este sector, tendo nesta Feira a oportunidade de escoar os seus produtos.
“Esta Festa do Queijo espelha exactamente aquele que é o espírito que nós queremos manter na agricultura em Portugal. Um espírito empreendedor, ambicioso, empenhado em valorizar os produtos de excelência que contam a nossa história”, reconheceu, na visita ao certame, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, para quem é “importante e necessário reconhecer a figura do pastor, não só no trabalho do sector agrícola, mas também no sector agro-alimentar”.
Maria do Céu Albuquerque realçou ainda a importância da Escola de Pastores recentemente criada. “É uma iniciativa de sucesso que temos de continuar a replicar para termos mais jovens empenhados em quererem ser pastores, mas temos de ter tecnologias disponíveis para que estes jovens sintam que a agricultura e, nomeadamente, a pastorícia sejam actividades atractivas”, concluiu.
Mas nem só de Queijo se fez a festa em Penalva do Castelo. No espaço este ano alargado a mais expositores, outros produtos estiveram em destaque. Desde os enchidos caseiros, passando pela doçaria tradicional, mel, licores, vinho e artesanato.