Urgências do São Teotónio à espera de novo concurso público

Agosto 13, 2019 | Sociedade

O Centro Hospitalar Tondela – Viseu, espera que o novo concurso público para o alargamento e remodelação do serviços de Urgência Polivalente do São Teotónio, possa ainda ser lançado durante o próximo mês de Agosto.

A informação foi avançada em comunicado pelo Conselho de Administração, depois da empresa a quem foi adjudicada a obra ter desistido, dois anos depois de esperar pela autorização do Governo. Orçamentados em 5,6 milhões de euros, os trabalhos de remodelação e ampliação da Urgência deveriam ter arrancado no segundo semestre de 2017, com conclusão prevista para o final do ano passado.

A desistência do empreiteiro levou o Conselho de Administração do CHTV a desencadear todas as diligências junto das empresas habilitadas à empreitada de fornecimento de obra pública, nos termos do Concurso Público por Prévia Qualificação”. Só que todas elas “declinaram o convite para realizar a empreitada, de acordo com as disposições previstas no código dos contratos públicos”.

“Nesta conformidade, o Conselho de Administração do CHTV, EPE reafirma o seu compromisso com a realização das referidas obras assim que estejam sanadas as questões administrativo-legais que permitam o lançamento de um novo concurso público, prevendo-se que tal seja possível durante o mês de Agosto”, confirma o mesmo comunicado.

Quem já apontou o dedo ao ministro das Finanças “por não ter autorizado em devido tempo o avanço da empreitada, foi o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques.

O autarca recorda que aquando da preparação do atual quadro comunitário de apoio, os autarcas da região entenderam, de forma clara e inequívoca, que uma das prioridades seria a requalificação das Urgências do Hospital de Viseu – unidade de saúde que serve mais de meio milhão de pessoas da região -, tendo para o efeito alocado verbas a este projeto.

“Muito mal andou o Governo em todo este processo, com os avanços e recuos que todos conhecemos. Viseu lamenta o desfecho a que chegámos e exige que o novo concurso público tenha caráter de urgência”, critica Almeida Henriques, admitindo, todavia, que não será fácil encurtar prazos.

“Estamos a falar de um concurso público de vários milhões de euros. Depois, estamos em agosto, com os serviços públicos a meio-gás. O que sei é que quem sai prejudicado são os viseenses, porque estes processos demoram sempre muito tempo”, reforça o presidente da Câmara Municipal de Viseu.

Almeida Henriques reconhece os esforços da atual e anterior Administração do Centro Hospitalar, lideradas respetivamente por Cílio Correia e Ermida Rebelo, para que a obra avançasse, e aponta o culpado desta situação: “Tudo isto mostra a total falta de humanidade por parte do Ministro Mário Centeno, que não autorizou no tempo devido esta despesa de investimento, o que levou à degradação das condições de atendimento às pessoas”, conclui.

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